Futurama
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Futurama (1999)

28/03/1999 Animação, Comédia, Sci-Fi & Fantasy

84%

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Estamos de volta! De novo!

Sinopse

Fry era um entregador de pizza de 25 anos, cuja vida não tinha o menor significado. Depois de congelar-se acidentalmente na véspera do Ano Novo de 1999, ele acorda mil anos mais tarde, tendo a chance de começar tudo de novo em um futuro repleto de alienígenas misteriosos e de robôs ameaçadores.

Criado Por:

Matt Groening
Críticas dos Especialistas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 23 de Fevereiro de 2018

**Uma versão historicamente precisa (se dermos crédito ao que é dito pelos Evangelhos) da morte de Jesus.** Este filme relata a última semana da maior história de todos os tempos: os últimos ensinamentos de Jesus Cristo, o Seu sofrimento, a Sua morte de cruz e, por fim, o momento da Sua ressurreição. Dirigido por Mel Gibson, que também escreveu o roteiro juntamente com Benedict Fitzgerald, tem Jim Caviezel e Monica Bellucci nos papéis principais. Não importa se você é cristão (nas suas várias igrejas), ateu, agnóstico ou segue outra religião. O facto é que Jesus Cristo é a figura histórica que mais marcou a raça humana. Marcou a maneira como pensamos, o que vemos como certo e errado, bom e mau, e foi tão fundamental que até o nosso calendário se divide em "Antes de Cristo" e em "Depois de Cristo". E qual é a melhor e a mais completa fonte de informação sobre a vida desta personalidade? Exactamente... os Evangelhos, com todas as falhas que se podem apontar, são quase tudo o que temos. E o que este filme faz é recriar o texto bíblico, em consonância com o que os historiadores dizem ter sido o ambiente vivido na época. Eu diria que o único momento em que o filme se distancia deste esforço de rigor histórico é no momento da ressurreição, que só faz sentido se você acredita que Jesus venceu a morte. Mas até esse momento, e a dar crédito ao texto bíblico, é provável que tudo o que nós vemos neste filme tenha acontecido quase exactamente da forma que o filme mostra. Mas a crítica que mais se ouve para com este filme é a sua grande violência. Durante quase duas horas, vemos uma das mais adoradas figuras da história ser torturada e humilhada com a maior crueldade. Para muitos, nos quais me incluo, como católico, é o Filho de Deus que está ali a ser espancado! E de facto não é fácil de ver, não é um filme bonito e alegre. Mas a verdade é que eram tempos violentos. A nossa sociedade actual tem um ponto de vista muito severo sobre a violência mas esquece-se que ela foi parte do quotidiano por milhares de anos. E para ser sincero, a violência que este filme mostra não me pareceu maior à que pode ser vista em muitos filmes de terror abertamente aclamados, como a franquia "Saw" ou "Hostel", por exemplo, onde há cenas de puro sadismo. Por isso, caro leitor, desculpe lá mas, com todo o respeito, eu penso que temos primeiro de nos preocupar com a violência desses filmes antes de nos importarmos com a que vemos neste filme, sob pena de estarmos a ser hipócritas. Pessoalmente, acho que Mel Gibson fez um óptimo trabalho como director. É bom ver que ele aprendeu com erros como o filme "Braveheart". Ao ser fiel ao contexto histórico e às fontes literárias (a Bíblia), Gibson fez do filme uma obra cinematográfica mais interessante e com maior valor. Gostei, especialmente, da opção de usarem as duas línguas originais faladas na época, o Latim e o Aramaico (hoje ambas consideradas línguas mortas). Caviezel foi intenso e excepcional no seu papel, conseguindo mostrar-nos dor e o sofrimento, mas também o amor e a mansidão do coração de Jesus. Foi uma injustiça não ter obtido a indicação para o Óscar de Melhor Actor, o que indica que nem sequer a Academia de Hollywood soube o que pensar do filme. O trabalho de caracterização e figurino aposta no realismo e é excepcional. Os cenários também ajudaram a retratar Jerusalém, uma cidade que não é muito diferente da confusão de muitas pequenas cidades do Médio Oriente dos nossos dias. A fotografia é boa e os efeitos visuais e de som ajudaram o público a entrar no filme, seguindo as dores de Cristo até ao Calvário. A banda sonora, por John Debney, é, sem dúvida, uma das melhores produzidas no cinema do século XXI. Por tudo isto, o filme foi visto como propaganda cristã. É sabido que Gibson é um católico praticante, e tão tradicionalista que pertence a uma minoria que ainda prefere a missa tridentina em latim às missas actuais. Mas acho que é muito mais do que propaganda: procura, de facto, dar vida aos momentos finais de Cristo na Terra. Colocando de parte as questões religiosas, o facto é que Jesus viveu uma vida marcante para as pessoas, pregou uma mensagem revolucionária para o seu tempo e foi morto por isso. Tudo o resto depende da fé de cada um.

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