Shrek
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Shrek (2001)

18/05/2001 Animação, Aventura, Comédia, Família, Fantasia 1h 30min

77%

Avaliação dos usuários

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O conto de fadas nunca contado.

Sinopse

Em um pântano distante vive Shrek, um ogro solitário que vê, sem mais nem menos, sua vida ser invadida por uma série de personagens de contos de fada, como três ratos cegos, um grande e malvado lobo e ainda três porcos que não têm um lugar onde morar. Todos eles foram expulsos de seus lares pelo maligno Lorde Farquaad. Determinado a recuperar a tranquilidade de antes, Shrek resolve encontrar Farquaad e com ele faz um acordo: todos os personagens poderão retornar aos seus lares se ele e seu amigo Burro resgatarem uma bela princesa, que é prisioneira de um dragão. Porém, quando Shrek e o Burro enfim conseguem resgatar a princesa logo eles descobrem que seus problemas estão apenas começando.

Críticas dos Especialistas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 17 de Janeiro de 2021

**Memorável.** Este é um daqueles filmes que trouxe uma lufada de ar fresco ao mundo da animação digital. Agora, passados vinte anos, é possível compreender o impacto que estes filmes tiveram naquela altura. De facto, este filme inaugurou uma notável tetralogia que se estendeu pela primeira década do século e que se pautou pelo sucesso junto da crítica e na bilheteira, consolidando a DreamWorks como um dos gigantes do cinema animado. A acção do filme decorre num mundo de contos de fadas: Shrek é um ogre que vive sozinho no pântano e gosta da sua vida livre e despreocupada, onde se diverte com banhos de lama e com as visitas ocasionais de camponeses dispostos a matá-lo e que ele faz fugir com um rugido. Mas isso vai mudar: o prepotente Lorde Farquaad decide mandar para o pântano todas as criaturas mágicas que considera aberrantes e casar-se com uma princesa para finalmente ser um rei de verdade. Shrek contesta o gesto do senhor feudal, mas em resposta apenas recebe a promessa de que terá o pântano de volta na condição de regressar com a princesa, que está presa no alto de uma torre guardada por um dragão, à espera de ser salva. O filme é excelente a todos os níveis: maravilhosamente bem editado e montado, é daqueles filmes que nós vemos sem sequer sentirmos o tempo a passar. O roteiro mistura bastante bem o humor ingénuo dos filmes animados com temáticas mais maduras como o amor, o triângulo amoroso e a ambição desmedida. É um filme para toda a família. Outra vantagem do roteiro é misturar e desconstruir os contos de fadas de uma forma nunca vista: assim, temos o Homem de Gengibre a ser amigo do Pinóquio, os Três Porquinhos e o Lobo Mau a conviverem em relativa harmonia e uma princesa que está longe de ser ortodoxa. Pessoalmente, gostei em particular do Robin Hood e do seu bando de alegres salteadores, que nunca fizeram tanta justiça ao seu nome, os “Merry Men”. O filme conta também com um excelente trabalho de dobragem de voz e uma escolha criteriosa de vozes para as personagens. Podemos ouvir as vozes notáveis de Cameron Diaz, John Lithgow e Mike Myers, mas vai ser seguramente o trabalho impecável de Eddie Murphy que vai ficar nos ouvidos, graças à forma espirituosa e alegre com que deu voz ao Burro. A nível técnico, o filme é impecável. A DreamWorks investiu muito nesta produção e isso teve os seus frutos: ainda hoje, vinte anos depois, o filme é visualmente elegante e muito bonito, com excelentes cores e um trabalho cinematográfico pristino. As cenas de acção ocorrem de modo pontual e são memoráveis, assim como o final. A banda sonora é mais discutível… o filme usa várias peças de música ‘pop’, como “I’m a Believer” dos Smash Mouth, que até combinam com o espírito jovem do filme, mas não são tão boas nem interessantes assim quando ouvidas por si mesmas. Da mesma forma, o “cover” que Rufus Wainwright fez da canção “Hallelujah” não é uma das versões mais memoráveis da melodia, originalmente cantada por Leonard Cohen, mas também não destoa quando ouvida no filme.

Críticas dos Usuários

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