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A Hora do Pesadelo (1984)
Se Nancy não acordar gritando, ela nunca mais acordará.
Sinopse
Wes Craven
DiretorJoseph Wolf
Produtor ExecutivoSara Risher
ProdutorFilipe Manuel Neto
Escrita em 3 de Abril de 2021**Um dos grandes clássicos do género de terror.** É difícil dizer algo acerca deste filme que toda a gente já não tenha referido. Era assustador quando foi lançado e continua a ser um dos filmes mais respeitáveis do género de terror, um clássico por mérito próprio. Apesar dos seus méritos e qualidades, pessoalmente, não deixei de sentir o peso da idade em alguns pontos do filme, que nunca me assustou realmente. O enredo é conhecido de todos, penso eu: os adolescentes de uma determinada rua americana são incomodados durante o sono por Fred Krueger, o espírito de um assassino de crianças que foi morto pelos pais delas, décadas antes, quando a justiça fracassou em castigá-lo pelos crimes que cometeu. Surgindo nos sonhos dos jovens, perturba-os até conseguir matá-los, sendo que a morte infligida no sonho repercute, de modo misterioso, na realidade, com contornos violentos e trágicos para todos. O director Wes Craven (um dos grandes nomes do cinema de terror, com créditos sólidos no género) soube fazer o filme de uma forma eficaz, ainda que sem desenvolver muito a história ou as personagens, concentrando-se no entretenimento e nas mortes que vão acontecendo. O elenco é feito de nomes que não conheço bem. O filme não exigiu muito deles e as personagens são bastante esboçadas e pouco notáveis, estando no filme para morrer ou para mostrar medo, simplesmente. A jovem Heather Langenkamp, todavia, deu vida a uma das personagens centrais da trama e teve direito a melhor material e a um desenvolvimento mais cuidadoso. O resultado é natural: ela sobressai da maioria, com um trabalho de qualidade, ainda que não seja brilhante. Robert Englund também merece um aplauso pela forma convincente com que deu vida ao vilão do filme. Por fim, uma breve menção à participação de Johnny Depp, num dos seus primeiros trabalhos cinematográficos. Tecnicamente, é um filme pautado pela eficácia. A cinematografia é utilizada com habilidade e ajuda decisivamente a criar um ambiente assustador. Os efeitos visuais e de som também foram bem usados e aproveitam o melhor que havia quando o filme foi lançado. Gostei especialmente dos efeitos com o fogo e electricidade. Os cenários foram igualmente bem feitos, principalmente a fábrica abandonada que parece ser o local onde reside Krueger. Tudo parece convincente o bastante, e não parece ter sido feito de modo a poupar no orçamento. A música incidental, com abundância de agudos, é muito boa para os momentos mais tensos, e a banda sonora é discreta, destacando-se a canção infantil cantada no final, como se fosse um prelúdio para indicar que o mal não foi efectivamente derrotado.