Godzilla
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Godzilla (1998)

20/05/1998 Ação, Ficção científica, Thriller 2h 19min

56%

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O tamanho importa.

Sinopse

Uma enorme criatura, produto de uma explosão nuclear, dirige-se à ilha de Manhattan, provocando uma destruição profunda e assombrosa. Um cientista, um repórter de TV e um corretor de seguros francês unem suas forças com o exército dos Estados Unidos para desvendar o mistério que está por trás da impressionante criatura.

Críticas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 2 de Março de 2020

**Um monstruoso filme de monstros.** Roland Emmerich deve ser o realizador de cinema mais receado pelos nova-iorquinos, na medida em que a sua cidade é, quase sempre, arrasada nos filmes dele. Isso aconteceu em "O Dia Depois de Amanhã", "Dia da Independência" e "2012", tal como acontece ao longo deste filme, que basicamente é acerca do ataque que um lagarto marinho gigantesco decide fazer contra Nova Iorque. O enredo é todo um pouco imaginativo demais e há imensas coisas que não fazem sentido. Por exemplo, é pouco crível que as radiações dos testes atómicos tivessem feito com que um lagarto normal crescesse ao ponto de se tornar do tamanho de um arranha-céus, e ainda mais difícil fazer o paralelismo disso com um crescimento anormal de algumas polegadas nas minhocas de Chernobyl (a não ser que algumas delas se tenham transformado nas criaturas que vemos em "Palpitações", outro filme sobre monstros crescidos). A chegada a Nova Iorque traz mais coisas idiotas: o monstro encolhe e aumenta ao gosto e necessidades do filme, os militares são totalmente feitos de parvos e humilhados a todo o momento e quem salva o dia é um cientista *nerd* de nome impronunciável e um espião militar francês que gosta de fazer piadas idiotas nas horas mais impróprias. O fim do filme é igualmente mau e estranho, e a própria aparência da criatura é bastante esquisita, parecendo um dinossauro esquisito. O elenco está cheio de nomes conhecidos, como Matthew Broderick (muito competente em comédia, mas totalmente desperdiçado e estranho aqui); Maria Pitillo faz uma caricatura ambulante, e todo o elenco parece pouco interessado em fazer algo bom. O actor francês Jean Reno, no papel não-francófono mais esquecível da filmografia dele, é o que nos dá a melhor interpretação, o que é dizer muito acerca do filme. O filme tem ainda um problema sério de ritmo, com secções imensas onde nada acontece e que se limitam a ocupar espaço e tornar o filme mais longo do que necessário. A acrescentar a isso, os maus efeitos visuais, especiais e de som e os litros de CGI falso à primeira vista, aborrecido e sem nada de impressionante. A banda sonora é grandiosa, mas fica sem sentido num filme tão oco e acaba por soar presunçosa demais. Definitivamente, este é um monstruoso filme de monstros.