Wicked Parte 2: Fiel às Raízes, Mas Sofrendo com os Próprios Erros
Cinema
Wicked Parte 2: Fiel às Raízes, Mas Sofrendo com os Próprios Erros
O filme Wicked: Parte 2 – Wicked for Good chegou às telonas como a continuação esperada de um dos musicais mais icônicos da Broadway. A primeira parte, lançada um ano antes, conquistou o público com sua narrativa envolvente e performances memoráveis. Agora, muitos se perguntam: será que esta segunda parte consegue manter o mesmo nível? Vamos analisar.
Expectativas e Realidade
O sucesso de Wicked sempre foi atrelado à sua capacidade de oferecer uma perspectiva única sobre o universo mágico de Oz, subvertendo a narrativa tradicional. Porém, uma das críticas recorrentes sobre a peça é o ritmo acelerado que caracteriza o segundo ato. Essa preocupação se tornou um dos principais temas ao se discutir a adaptação para o cinema.
“O segundo ato do musical sempre sofreu com a correria. Agora, no cinema, essa batida não parece ter melhorado.”
Construção e Ritmo do Enredo
Wicked: Parte 2 se inicia logo após os eventos do primeiro filme, apresentando uma Elfaba em conflito e uma Glinda dividida entre lealdades. A sensação de apressar a narrativa permeia o longa, e a introdução de novas músicas para competir por prêmios acaba criando camadas desnecessárias que acabam por desviar a atenção do que realmente importa.
A estrutura clássica do filme musical é mantida, com a presença de números que prometem emocionar, mas que nem todos conseguem atingir o mesmo impacto. A cena inicial, por exemplo, é uma ode à produção grandiosa que caracteriza o estilo do diretor Jon M. Chu, mas mesmo essa produção maravilhosa não consegue encobrir a falta de profundidade em certas músicas novas.
Atuações Que Brilham
A performance de Cynthia Erivo como Elfaba continua a impressionar, especialmente quando ela apresenta a música “Goes and Punish”, que é um dos pontos altos do filme. Sua capacidade vocal não é apenas uma demonstração de talento técnico, mas também uma narrativa emocional que capta a tragédia e a força de sua personagem.
Por outro lado, Ariana Grande como Glinda traz uma leveza e comicidade que são bem-vindas, especialmente em momentos mais pesados. Entretanto, sua presença na trama parece limitada a servir como contraponto à intensidade de Elfaba, o que a retira algumas vezes do centro da narrativa.
A Estética Visual e Direção
Visualmente, Wicked: Parte 2 é uma obra-prima. A paleta de cores vibrantes e a elaboração dos cenários são dignas de nota, mas a utilização excessiva de CGI às vezes ofusca a beleza natural da narrativa. O filme se aproveita de transições grandiosas e tomadas aéreas, mas há momentos em que essa grandiosidade parece um pouco… forçada.
“O que deveria ser uma celebração do mágico mundo de Oz às vezes se transforma em uma exibição de efeitos visuais que não servem à narrativa.”
Conclusão: Uma Experiência Dividida
Wicked: Parte 2 certamente oferece momentos de pura magia e emoção, mas não está isento de falhas. A luta entre a representação fiel do material original e a necessidade de inovação se torna evidente ao longo do filme. Enquanto as atuações de Erivo e Grande são impressionantes e dignas de aplauso, a direção da narrativa poderia ter beneficiado de um enfoque mais autoral e menos slavish em relação à obra original.
Por fim, o filme deixa uma sensação de esperanças frustradas. Wicked: Parte 2 é um espetáculo visual, mas também um lembrete de que, às vezes, a fidelidade à história pode comprometer a fluidez e a profundidade do enredo. O que sim, se destaca, é a capacidade de provocar discussão sobre os laços da amizade e a busca por identidade em meio a um mundo que muitas vezes se mostra hostil.
Qual é a sua opinião sobre Wicked: Parte 2? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe suas impressões sobre este musical épico.
Para mais análises, confira nosso artigo sobre O Retorno da Mística em Vingadores Doomsday: Teorias e Expectativas.
Você também pode assistir informações sobre o filme na sua página no IMDb.
