Paperplay

Paperplay (1974)

02/04/1974

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Escrever uma Crítica

Sinopse

Criado Por:

Susan Stranks
Críticas dos Especialistas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 12 de Junho de 2021

**Engraçado, o filme diverte-nos e entretém bastante bem o seu público.** Pessoalmente, penso que esta é uma das melhores comédias românticas que já vi. Divertida e contagiante, é um daqueles filmes que não foi feito para ser uma obra de arte nem para ganhar prémios, mas para nos divertir, entreter e fazer passar um bom momento. E é eficaz nisso. O roteiro inicia com a apresentação de Nick Marshall, um misógino e mulherengo publicitário. Ele acha-se o maior macho das redondezas e considera-se um homem com sorte na relação com o sexo oposto, apesar de não o considerar particularmente fora dos lençóis. Porém, tudo muda com a chegada de uma nova chefe, Darcy. Ela é a nova directora criativa da agência e vai ter a tarefa de conquistar uma fatia de mercado que Nick não consegue aproveitar: as consumidoras femininas. Ao fazer algumas experiências tolas com produtos femininos, tentando compreender como trabalhar com eles, Nick sofre um choque eléctrico. No dia seguinte… voilà! Ele consegue ouvir os pensamentos das mulheres, e o novo, e desconhecido, mundo da mente feminina está à sua mercê! O filme é excelente, em todos os aspectos. Claro, as premissas da história são imaginativas e a credibilidade nem é um problema porque é algo tão claramente inventado que tal questão nem se coloca. O ritmo é bastante rápido e os acontecimentos vão se sucedendo, à medida que Nick tenta lidar com a sua mais recente habilidade e descobre que, afinal, as mulheres não o acham tão incrível como ele pensava. A relação com a sua filha também é convincente e bem usada no filme. O elenco é habilmente dominado por Mel Gibson. O actor é engraçado, agradável e competente no papel que lhe foi dado. Ele é perfeitamente capaz de levar o filme até ao fim, mas consegue não ensombrar o brilho de Helen Hunt, com quem contracena maravilhosamente, num trabalho de colaboração cheio de química e boa disposição. Numa personagem secundária, mas muito espirituosa, a bela Marisa Tomei faz, também ela, um excelente trabalho. Gostei igualmente do trabalho de Ashley Johnson, mas ela tem pouco para fazer e a personagem exige pouco da actriz, na minha opinião. Tecnicamente, é um filme discreto, que deixa à história contada o espaço necessário para brilhar e se desenvolver, captando toda a nossa atenção. A cinematografia funciona muito bem, e todo o trabalho de filmagem foi primorosamente bem feito, com um uso competente da cor e da luz. Os figurinos, sem nos surpreenderem, adaptam-se maravilhosamente às personagens e à forma como se vão desenvolvendo. A banda sonora funciona bem, e conta com uma excelente canção de Meredith Brooks chamada *Bitch*, que até hoje é um sucesso.

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