Um Tiro no Escuro
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Um Tiro no Escuro (1964)

23/06/1964 Comédia, Crime, Mistério 1h 42min

72%

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Sinopse

Em Paris, na mansão de Benjamin Ballon (George Sanders), um conhecido milionário, um crime é cometido e por engano é mandado o Inspetor Jacques Clouseau (Peter Sellers), o mais atrapalhado dos detetives franceses. Enquanto as investigações avançam, novas mortes acontecem e as evidências sugerem que a culpada é Maria Gambrelli (Elke Sommer), uma arrumadeira que trabalha na mansão de Ballon. Entretanto, Clouseau tem certeza da inocência dela e está disposto a investigar o caso (mas sempre de uma forma pouco convencional), para descobrir quem é o culpado ou culpados das mortes.

Críticas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 24 de Abril de 2022

**Uma excelente comédia.** Fiquei muito feliz com este filme. É o segundo da franquia *Pantera Cor-de-Rosa*, e é curioso que não tenha sido feito com a intenção de ser parte dela, mas tão somente um trabalho de adaptação para o cinema de um material que havia feito sucesso no teatro. Lançado poucos meses após o primeiro filme, veio dar mais relevância à personagem do Inspector Clouseau e apostou forte no humor nonsense. O resultado é um filme melhor e mais divertido do que o seu antecessor. O enredo divertidíssimo deste filme assenta numa investigação a um assassinato. Clouseau vai imediatamente apostar que a principal suspeita está, afinal, inocente, e decidida a encobrir e a ajudar o verdadeiro assassino. Decide, então, segui-la por toda a parte, incluindo para colónias de nudismo. Pelo meio, ele vai conseguir tirar o juízo ao resto da polícia francesa, e ser preso por várias vezes e das formas mais inusitadas. O filme não é perfeito: o enredo, tenho de o admitir, é escasso, servindo apenas para suportar uma sucessão de rotinas cómicas que, de facto, fazem o filme valer a pena. As piadas absurdas e situações idiotas funcionam muito bem, principalmente quando associadas ao desempenho e esforço notáveis do protagonista, Peter Sellers. O actor está perfeitamente à vontade e usa toda a sua capacidade de improviso cómico, sendo muito bem coadjuvado por Elke Sommer, a qual dá vida à principal suspeita, Maria Gambrelli. George Sanders e Herbert Lom também nos deixam aqui um excelente trabalho. Tecnicamente, é um filme regular na maioria dos seus aspectos, da cinematografia ao cenário e figurinos, passando pela edição. A banda sonora traz algumas melodias interessantes, como é o caso de *Shadows of Paris* e da canção dos créditos iniciais, que são outro dos pontos que valorizam este filme.