Tron: O Legado

Tron: O Legado (2010)

14/12/2010 Ação, Aventura, Ficção científica 2h 6min

65%

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O jogo mudou.

Sinopse

Quando Flynn, o maior criador de videogames do planeta, envia uma mensagem de um incrível mundo digital, seu filho descobre o caminho e embarca numa jornada pessoal para salvar seu pai desaparecido há anos. Com a ajuda da destemida guerreira Quorra, pai e filho se aventuram num universo cibernético incrível e travam a batalha definitiva do bem x mal.

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Críticas dos Especialistas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 16 de Novembro de 2022

**Muito estilo, muito visual de grande qualidade, mas pouca substância.** Há coisas inexplicáveis, e uma delas é a forma como “Tron” conseguiu tornar-se popular, mesmo depois de não ser um grande êxito no seu tempo. Já escrevi acerca dele e mantenho o que disse: é um filme que compreendo, que veio na esteira de uma febre popular em torno de tudo o que era electrónico, mas que foi feito antes do seu tempo, com efeitos visuais e especiais que, para nós, parecem tão arcaicos quanto um telemóvel de 1990. Não sei se este filme deveria ser uma sequela ou se, ao invés, devia ter sido feito um remake, mas não há dúvida sobre a superioridade deste filme: não só apresenta efeitos visuais e CGI de grande beleza e qualidade como tem um roteiro francamente melhor e mais bem escrito (o que não significa perfeição). Com efeito, o roteiro é satisfatório, apresentando uma história inverosímil, onde um jovem muito rico resolve sabotar a própria empresa pensando estar a fazer o que o seu pai, desaparecido há anos, aprovaria. Depois disso, recebe uma mensagem do pai, e a pista leva-o a um velho salão de jogos árcade, fechados há muito, e ao velho computador do pai. É lá que o jovem é sugado para dentro de um espaço cibernético, controlado por um programa vil e ditatorial. Sim, humanos sugados, fisicamente falando, para dentro de computadores. Como se já não bastassem as redes sociais! A somar a isto, os clichés desgastados da relação entre um pai ausente e um filho carente, um ensaio de sub-trama amorosa sem qualquer lógica, um vilão de desenhos animados sem personalidade e feito para odiarmos. Jeff Bridges regressa à personagem que fez no primeiro filme, tanto na pessoa do actor que nós conhecemos, quanto na figura de um alter-ego jovem, criada digitalmente. O actor é bom e já conhecemos os seus méritos, mas a verdade é que ele não parece estar em grande forma. Ele vai acompanhando o filme, seguindo a acção, mas não é particularmente notável neste trabalho, como não foi também no filme inicial. Garrett Hedlund tem um pouco mais de visibilidade e é, de facto, o protagonista aqui, mas não faz muito mais do que ser uma figura de acção. É nos aspectos técnicos que o filme se destaca e merece algum louvor, muito particularmente graças à extraordinária concepção dos efeitos visuais e do CGI, que é dos mais elegantes e bem executados que temos visto. Recriando os conceitos do filme original, mostram um visual mais limpo e acabado, sem artifícios óbvios que sejam inacreditáveis aos olhos, e com cores muito mais bem trabalhadas. Todavia, um filme não se faz de estilo e de visuais extraordinários, e há muitos exemplos recentes de filmes visualmente incríveis e que não valem nada porque não têm histórias com qualidade. Destaque ainda para os cenários e figurinos, bem como para a banda sonora electrónica, da responsabilidade do duo de dJ’s francesa Daft Punk.

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