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Stargate: A Chave para o Futuro da Humanidade (1994)
Levará você a um milhão de anos-luz de casa. Mas isso vai te trazer de volta?
Sinopse
Filipe Manuel Neto
Escrita em 28 de Julho de 2019**Esquecível.** Este filme assenta sobre uma teoria louca, porém real, acerca da visita de seres extraterrestres às nossas civilizações da Antiguidade, nomeadamente o antigo Egipto. O roteiro baseia-se na descoberta de um portal durante escavações no Egipto. O Dr. Daniel Jackson, um egiptólogo pouco ortodoxo, é chamado pelos militares a investigar o achado e descobre que aquele portal liga dois mundos entre si e pode ser reconstruído e aberto. Embarca então numa expedição que cruza o portal e se vê num outro mundo, desértico, onde o povo vive sob a escravidão de seres estranhos, extraterrestres, muito semelhantes aos deuses egípcios. Pessoalmente, este filme só me suscitou interesse há pouco tempo. Ao contrário das duas séries de TV a que deu origem, parece-me ter alguma qualidade. Alguma! O filme, apesar de tudo, não é muito bom. Tem uma série de problemas, começando pela falta de lógica que aparece quando analisamos os detalhes: por exemplo, como é que aquelas pessoas, acostumadas a usar ferramentas primitivas, conseguem instantaneamente manusear e disparar metralhadoras modernas? O mais lógico seria elas nem saberem agarrá-las! E como conseguiu o Dr. Jackson, no período de um dia, descobrir a utilidade real de um portal que intrigou os académicos durante décadas? Há muitos problemas como estes... pequenos detalhes que, quando analisados claramente, não fazem sentido e deitam por terra a credibilidade do enredo. Quanto ao elenco, acredito que todos fizeram o melhor que podiam, mas há alguns erros de casting evidentes. James Spader é bom como académico estranho, mas escorrega quando tem de fazer cenas de acção. Kurt Russel está mais talhado para a acção pura e dura, mas todas as tentativas para tornar a personagem dele mais densa e dar-lhe um acento heróico são demasiado cliché. Jaye Davidson teve muito azar com a personagem dele: um vilão fraco, efeminado ao ponto de ser quase feminino, que não assusta e parece quase dependente dos caras durões que o protegem. Há ainda uma pobre tentativa de romance entre Spader e a personagem de Mili Avital, mas parece sempre muito desnecessária e previsível ao ponto de sabermos imediatamente como vai acabar. O filme é pobre, tem um roteiro pouco inspirado, uma direcção (assegurada por Roland Emmerich) muito amadora, actores que pouco podem fazer para ajudar a melhorar as coisas, cenas de acção previsíveis e efeitos visuais e de som datados. Não direi que é um filme incapaz de nos entreter... ele entretém o público, mas é perfeitamente esquecível.