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Splash: Uma Sereia em Minha Vida (1984)
Allen Bauer pensou que nunca encontraria a mulher certa... Ele estava apenas meio errado!
Sinopse
Filipe Manuel Neto
Escrita em 13 de Maio de 2020**Uma excelente comédia romântica.** Este filme é um dos primeiros trabalhos em cinema da carreira de Tom Hanks, e é talvez uma das comédias mais interessantes onde ele participou. De facto, entre o rol interminável das comédias românticas da década de Oitenta, é daquelas que tem sobrevivido ao teste do tempo. A história conta a forma como uma sereia se apaixona por um jovem e como os dois, já adultos, se reencontram e lutam para ficarem juntos, apesar do facto de ela ser diferente e de as autoridades e o exército a quererem capturar e estudar. Nomeado para um Óscar na categoria de Melhor Argumento Original, é um filme com charme, em que o trabalho de todos os envolvidos foi bem harmonizado para um produto final bom. Apesar de usar um ser mitológico que não existe, a credibilidade do filme não é um problema. O filme tem a intenção de usar a fantasia para pôr o público a sonhar, e faz isso muito bem. Tom Hanks era jovem, mas o seu excelente trabalho aqui revela talento e um futuro promissor que, de facto, se veio a concretizar. Daryl Hannah era uma bela mulher, verdadeiramente atraente e vistosa, e soube usar isso na sua personagem. Ela rouba as atenções sempre que aparece em cena. É curioso como as carreiras deles fluíram de modo tão diferentes, com Hanks a atingir o estrelato e Hannah a manter-se sempre discreta. Eugene Levy e John Candy também estiveram bem e asseguram as partes mais cómicas do filme com profissionalismo e eficácia. Ron Howard é um bom director e deu inúmeras provas de profissionalismo e competência até hoje. Neste filme, é palpável a forma esmerada como dirigiu o elenco e como tira partido das paisagens e cenários de Nova Iorque. A cinematografia é bastante regular, mas faz bom uso das cenas subaquáticas, apesar de eu não acreditar que as águas de Nova Iorque possam ter as cores e a vida que vemos aqui, e que parecem mais as águas quentes das Caraíbas ou da costa da Austrália. O cenário do barco afundado é igualmente um erro e nunca poderia ser real, mas é uma coisa comum quando se imaginam naufrágios antigos. Por fim, uma palavra de louvor e de apreço para a canção utilizada na parte final do filme, nos créditos finais, que são uma das partes mais bonitas de todo o filme. Não sou um fã de comédias românticas, muito embora saiba apreciá-las. Este filme, todavia, é um daqueles que tenho visto várias vezes desde criança. Acho que envelheceu bem e tenho a certeza que iremos continuar a vê-lo durante mais alguns anos.