Sintonia de Amor

Sintonia de Amor (1993)

24/06/1993 ‱ ComĂ©dia, Drama, Romance ‱ 1h 45min

67%

Avaliação dos usuårios

play Reproduzir trailer

E se alguĂ©m que vocĂȘ nunca conheceu, alguĂ©m que vocĂȘ nunca viu, alguĂ©m que vocĂȘ nunca soube que era a Ășnica pessoa para vocĂȘ?

Sinopse

Depois da morte de sua esposa, Sam muda-se para Seattle com seu filho Jonah. Em um programa de rĂĄdio, enquanto Sam fala sobre seus sentimentos, a repĂłrter Annie o ouve e se apaixona por sua voz. Mesmo estando noiva, Annie decide convidĂĄ-lo para sair.

CrĂ­ticas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 10 de Dezembro de 2022

**Eficaz, funcional e elegante, tem um roteiro de que nĂŁo gostei muito e envelheceu um pouco mal, mas continua a ser um filme simpĂĄtico.** Esta Ă©, seguramente, uma das comĂ©dias romĂąnticas mais famosas que saĂ­ram durante os anos 90, e um dos filmes que ajudou a popularizar Tom Hanks, mostrando ao mundo que ele podia ser um actor sĂ©rio e fazer mais coisas interessantes alĂ©m das comĂ©dias. O filme começa com a mudança de um homem, e do seu filho menor, para Seattle, a fim de lidarem melhor com uma situação de luto. Ali, a criança começa a pressionar o pai para encontrar namorada, a ponto de ligar para um programa de rĂĄdio o pai conta a sua histĂłria, comovendo uma jovem jornalista de Baltimore que estĂĄ prestes a casar com um homem que nĂŁo ama. O roteiro aposta muito no platonismo: as duas personagens principais nĂŁo se conhecem, e sĂł a transmissĂŁo radiofĂłnica e a troca de cartas Ă© que as liga verdadeiramente. Nenhuma delas tem motivos reais para procurar pela outra (a personagem de Hanks encara a distĂąncia fĂ­sica como um obstĂĄculo e a personagem de Ryan jĂĄ tem um compromisso sĂ©rio). No fim, Ă© a tenacidade e a teimosia de uma criança que os leva a encontrar-se. Baseada, puramente, no instinto, o que Ă© um argumento pouco lĂłgico e pouco racional para um adulto tomar as suas decisĂ”es. Por tal facto, e apesar de eu reconhecer as qualidades do filme, nĂŁo o apreciei particularmente. Vejo e entendo a tentativa de criar aqui uma fĂĄbula romĂąntica contemporĂąnea, mas as fĂĄbulas nĂŁo me parecem funcionar verdadeiramente nos dias actuais. Para mim, esta nĂŁo funcionou. A grande força do filme estĂĄ nas performances excelentes de Tom Hanks e Meg Ryan. Os dois ainda bastante jovens, tentando aproveitar a oportunidade para conseguir voos mais altos em projectos mais rentĂĄveis e atraentes para as suas carreiras. Hanks tinha feito maioritariamente comĂ©dias atĂ© aqui, e estava determinado a mostrar a sua capacidade noutros projectos. NĂŁo hĂĄ dĂșvida de que soube fazĂȘ-lo e mostrar um lado mais profundo, sensĂ­vel e emotivo que nĂŁo era evidente no seu trabalho atĂ© aqui. Ryan tambĂ©m foi muito competente no seu papel. Ross Malinger foi igualmente bastante bom. O filme nĂŁo Ă© um grande espectĂĄculo visual. É um filme dos anos 90, que nĂŁo envelheceu bem e que nĂŁo aposta muito nos visuais. Prova disso sĂŁo os grĂĄficos daquele mapa dos EUA, que se parecem com um jogo de ĂĄrcade. A cinematografia Ă© baça e as cores lavadas, mas isso era algo comum e rotineiro nos filmes desta Ă©poca, e eu aceito isso razoavelmente bem. O filme tenta compensar-nos com excelentes cenĂĄrios e paisagens urbanas de Seattle e Nova Iorque, o que Ă© sempre eficaz, e com um excelente final no topo do Empire State Building. A banda sonora faz uma aposta inteligente em cançÔes de Sinatra, Nat “King” Cole, Celine Dion, Carly Simon, Roy Rogers e outros. A maioria das cançÔes sĂŁo sobejamente conhecidas e populares.