Rastros de Ódio
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Rastros de Ódio (1956)

14
01/01/1956 Faroeste 1h 59min

77%

Avaliação dos usuários

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Ele tinha que encontrá-la... ele tinha que encontrá-la...

Sinopse

O veterano da Guerra Civil Ethan Edwards chega ao Texas em 1868 e encontra o seu irmão e a família dele. No dia seguinte, Comanches invadem o rancho, matam o seu irmão e Martha, a esposa dele, e raptam as duas filhas do casal. Ethan parte então em uma busca vingativa junto com o companheiro Martin, um mestiço que logo percebe que Ethan está obcecado por matar os índios. Ao encontrarem o corpo da mais velha, saem em busca da caçula, por quem procuram mais 5 anos no deserto.

John Ford

Diretor

Frank S. Nugent

Roteirista

Merian C. Cooper

Produtor Executivo

Patrick Ford

Produtor

C.V. Whitney

Produtor
Sessões
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Críticas dos Especialistas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 12 de Agosto de 2023

**Um filme interessante, muito bem feito, mas com um roteiro fraco.** Este é um daqueles filmes ‘Western’ antigos, onde a figura do cowboy é glorificada como o epítome do herói comum americano, as mulheres são jovens indefesas à espera de um pistoleiro que as mantenha em segurança, o Oeste é uma terra sem lei onde cada um faz o que quer e os indígenas – neste caso, os Comanches – são verdadeiros terroristas, que é lícito perseguir e matar porque eles cometem atrocidades em série. Não vou meter-me em considerações sobre a moral do filme ou sobre a forma como vê não só os índios americanos, mas também as mulheres. Hoje em dia não faltam polícias da moral para reescrever livros, militar por linguagens neutras “mais inclusivas”, atirar à lama estátuas de figuras históricas por terem feito ou dito alguma coisa que não fosse do agrado do “politicamente correcto”. Eu não sou assim, e condeno quem é assim. Por tal, quero que a introdução deste texto sirva como mero aviso profiláctico do que o filme é: um filme feito na década de 50 por pessoas com a mentalidade própria e natural daquele tempo. Um filme normal, feito segundo a mentalidade da sua época e que não temos o direito de criticar arbitrariamente. John Ford fez um excelente trabalho de direcção e dá-nos um filme muito elegante que se destaca, essencialmente, pelos aspectos artísticos. A cinematografia é digna de estudo em qualquer escola de artes cinematográficas, com uma luz magnífica, uma paleta com cores vivas, vibrantes e até certo ponto alegres, e uma utilização primorosa dos cenários, dos figurinos e dos locais de filmagem. Aliás, os cenários e figurinos também são bons e dão-nos aquilo que podemos esperar num filme ‘Western’ (e o melhor é não estar à espera de grande rigor histórico porque isso era uma preocupação menor na época). Além disto tudo, temos uma banda sonora de cunho heróico que se harmoniza bem com o filme. No elenco, é incontornável a figura de John Wayne. Ele não é, nem de perto, um artista que eu realmente aprecie, mas ele tem um carisma inegável e está em boa forma aqui. Jeffrey Hunter também nos dá um trabalho interessante, mas muito inferior ao de Wayne enquanto que, no que toca a rostos femininos, só podemos citar pela positiva o esforço, quase heróico, de Vera Miles, num filme que não considerou as personagens femininas. Onde este filme realmente se perde é na pobreza franciscana do seu roteiro. A história é mais do que morna, nunca chega realmente a cativar-nos e parece apenas uma desculpa gigantesca para uma cavalgada cheia de lutas entre índios e cowboys.

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