Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra
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Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra (2003)

09/07/2003 Ação, Aventura, Fantasia 2h 23min

78%

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Prepare-se para navegar em mares perigosos...

Sinopse

O pirata Jack Sparrow tem seu navio saqueado e roubado pelo capitão Barbossa e sua tripulação. Com o navio de Sparrow, Barbossa invade a cidade de Port Royal, levando consigo Elizabeth Swann, filha do governador. Para recuperar sua embarcação, Sparrow recebe a ajuda de Will Turner, um grande amigo de Elizabeth. Eles desbravam os mares em direção à misteriosa Ilha da Morte, tentando impedir que os piratas-esqueleto derramem o sangue de Elizabeth para desfazer a maldição que os assola.

Críticas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 20 de Fevereiro de 2018

**Finalmente um bom filme de piratas.** Este filme passa-se na Jamaica em inícios do século XVIII, quando a ilha era controlada pelos britânicos mas ameaçada pelos piratas, que disputavam com as nações da Europa o domínio das águas caribenhas. É nesse contexto que o jovem e apaixonado Will Turner, um fabricante de armas e espadas, parte para salvar Elizabeth, a filha do Governador Swan, a quem ele ama secretamente, e que foi raptada pelos piratas do terrível navio Pérola Negra, o qual tem fama de estar amaldiçoado. Para o ajudar, Will recruta à força uma estranha personagem: Jack Sparrow, um capitão sem navio que vive permanentemente ébrio e é dono de um humor sarcástico e moral duvidosa. Dirigido por Gore Verbinsky, este filme foi uma surpresa agradável para muitas pessoas, pois os filmes de piratas estavam normalmente associados a falhanços de bilheteira épicos. Este filme não só popularizou o género como lhe devolveu algum respeito perdido. Comecemos pelos actores: Orlando Bloom e Keira Knightley, que dão vida ao casal principal, não me surpreenderam porque eu já os vi fazer tantas vezes personagens parecidos que eles me pareceram confortáveis demais para isto ser propriamente um desafio. De qualquer modo, são ambos donos de grande talento e cumprem o que prometem. Mas quem realmente roubou o foco todo para si foram os dois antagonistas do filme, interpretados por Geoffrey Rush (que fez o vilão, Barbossa), e Johnny Depp, no papel do anti-herói Jack Sparrow. Vamos ser directos: Rush é um actor consagrado, um monstro de talento, respeitadíssimo e dono de uma voz inquestionavelmente memorável. E aqui ele parece até uma figura saída do livro "A Ilha do Tesouro"! Magistral. E Depp, como todos sabemos, tem um dom natural para tudo o que é personagem esquisita. E Sparrow parece feito para ele: o perfeito anti-herói, que tão depressa é capaz de actos da maior nobreza como, logo a seguir, trair a confiança de toda a gente em nome do ganho pessoal ou da salvação da sua própria pele. Estas duas personagens, pensadas ​​fora da caixa, encaixam perfeitamente nas duas visões que temos sobre os piratas: a visão romantizada que Barbossa nos dá e a percepção historicamente mais precisa imortalizada por um Sparrow bêbado e malicioso, que entra e sai de qualquer situação sem se preocupar. Os cenários são excelentes e o CGI e efeitos especiais foram desafiadores. Devo dar uma nota de louvor particular aos navios utilizados pela precisão histórica da sua reconstrução (claro, os navios britânicos) ou pela sua beleza estética (embora eu não acredite que nenhum pirata tenha usado navios tão grandes e pesados como o Pérola Negra parece ser). Os figurinos e a caracterização também foram impecáveis ​​e o enredo tenta escapar um pouco do tema "piratas e o seu tesouro", que já foi esvaziado de atractividade, cruzando-o com algumas sub-tramas mais interessantes. Este filme vale bem o preço pago pelo DVD ou bilhete. Além de ter estabelecido e popularizado Depp e os filmes dos piratas, entretém o público bem, mantendo a nossa atenção até ao fim.