Pequena Miss Sunshine
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Pequena Miss Sunshine (2025)

01/05/2025 Comédia, Drama 1h 42min

77%

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Uma família à beira de um colapso.

Sinopse

Nenhuma família é verdadeiramente normal, mas a família Hoover extrapola. O pai desenvolveu um método de auto-ajuda que é um fracasso, o filho mais velho fez voto de silêncio, o cunhado é um professor suicida e o avô foi expulso de uma casa de repouso por usar heroína. Nada funciona para o clã, até que a filha caçula, a desajeitada Olive (Abigail Breslin), é convidada para participar de um concurso de beleza para meninas pré-adolescentes. Durante três dias eles deixam todas as suas diferenças de lado e se unem para atravessar o país numa kombi amarela enferrujada.

Jonathan Dayton

Diretor

Valerie Faris

Diretor

Albert Berger

Produtor

David T. Friendly

Produtor

Peter Saraf

Produtor

Marc Turtletaub

Produtor

Ron Yerxa

Produtor
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Críticas dos Especialistas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 3 de Junho de 2020

**Divertido, entretém muito bem e tem personagens deliciosamente estranhas.** É raro encontrar uma comédia tão bem feita e interessante quanto esta. Geralmente, o terror e a comédia são os parentes pobres do cinema, na medida em que costumam ser produções de custo reduzido e qualidade questionável. Neste caso, o filme respira qualidade. O roteiro é extremamente simples e baseado numa viagem inter-estadual que uma família bastante louca tem de fazer de modo a que Olive, a mais jovem do clã, possa participar de um concurso de beleza infantil que ela adora. A comédia depende, maioritariamente, das situações insólitas pelas quais as personagens vão passando na sua viagem, que parece uma odisseia. E aqui acontece de tudo, desde avarias na carrinha até um óbito. O filme pode até nem nos fazer rir às gargalhadas e não o fará, seguramente, na maior parte do tempo… mas vai com certeza arrancar risos. Tão importante quanto a boa construção das cenas cómicas é a forma como as personagens foram pensadas e desenvolvidas. E aqui o roteiro esmerou-se: o pai de família é um terapeuta motivacional que é péssimo no que faz; a mãe é honesta, sincera, dedicada, mas está completamente perdida e desesperada. Depois, temos ainda o tio gay que é fanático por Proust e tentou o suicídio após ser abandonado pelo namorado, o irmão mais velho que é um adolescente revoltado que odeia tudo e todos, o avô muito descarado e perverso que nenhum lar de idosos aceita e por fim a própria doce e gentil Olive. Ah, e temos ainda a carrinha VW Type 2 amarela e branca (chamada de "Pão-de-Forma" em Portugal), a qual dá tantos problemas ao longo da viagem que acaba, quase, por se tornar uma adição ao elenco. Os actores foram excelentes e todos se empenharam bastante. Do vasto elenco, onde noto de imediato nomes notáveis, destacaria especialmente o trabalho excelente de Steve Carell, Greg Kinnear, Paul Dano, Toni Collette e Alan Arkin. Abigail Breslin, para mim, está noutro patamar. O filme é verdadeiramente dela. Ela é a protagonista, e fez um trabalho tão bom para uma actriz infantil que é difícil conceber que ela não venha a ter uma excelente carreira no cinema, se continuar a empenhar-se. Algo que merece uma certa atenção neste filme são os diálogos e as falas das personagens. Apesar do uso regular de vocabulário pesado, os diálogos possuem verdadeiras pérolas, dignas de citação. O filme venceu dois Óscares (Melhor Argumento Original e Melhor Actor Secundário pela boa performance de Alan Arkin), mas foi ainda nomeado nas categorias de Melhor Filme e Melhor Actriz Secundária (por Abigail Breslin, embora ela seja a actriz principal do filme, eu acho). É um filme que, além de tudo o que eu já mencionei, tem cenários e figurinos bastante regulares, uma cinematografia decente, apesar de não ser, notoriamente, um filme que chame a atenção pelos valores de produção.

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