Os Doze Condenados

Os Doze Condenados (1967)

15/06/1967 Ação, Aventura, Guerra 2h 30min

76%

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Treinar, armar e então soltar em cima dos nazistas

Sinopse

Durante a Segunda Guerra Mundial, um comandante do exército norte-americano tem a missão de treinar e liderar um grupo de doze condenados pela corte marcial em uma missão que envolve a morte de oficiais alemães. Se eles sobreviverem à missão suicida, terão suas penas relaxadas.

Críticas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 2 de Maio de 2020

**Um filme de acção ambientado em tempo de guerra, mas com toques de humor à mistura.** Este filme, ambientado na Segunda Guerra Mundial, é uma aventura em que um grupo de doze soldados americanos, escolhidos entre condenados por diversos crimes militares, é treinado e enviado numa missão suicida atrás das linhas alemãs, na França ocupada, para abater o máximo de oficiais alemães num castelo que era usado como local de repouso e recreação. É um filme envolvente mas longo, e eu acho que tem alguns problemas, na medida em que a preparação e treino dos soldados ocupa mais de metade do filme e a operação em si é contada sem grande detalhe nem tanta atenção, quando ela deveria ser o ponto culminante do filme. O filme é dirigido por Robert Aldrich, e é o primeiro trabalho deste director que eu vi, mas parece-me bom o suficiente, embora não sem falhas. A questão que referi acima, acerca do desfasamento entre o tempo despendido a mostrar o treinamento dos soldados e o tempo que é ocupado pela operação no castelo, era algo que o director poderia ter resolvido. Uma coisa, por exemplo, em que o filme não gasta um minuto de celulóide é o retorno ou evacuação dos sobreviventes desta operação militar. O que vai compensando as coisas é o humor leve e bem colocado, que nunca destoa do conjunto geral, e a acção sempre presente de uma maneira ou de outra. O elenco é uma das coisas mais interessantes deste filme. Além de Lee Marvin, um veterano de filmes de *coboiada* e similares, temos outros durões famosos como Robert Ryan, Ernest Borgnine, Clint Walker, Telly Savalas (num dos papéis mais complexos do filme, um soldado tarado fanático religioso) e Donald Sutherland, quase irreconhecível de tão jovem. John Cassavetes tem um dos papéis mais centrais da trama e é simplesmente excelente, tal como Charles Bronson. É o *esquadrão dos durões* do cinema reunido num filme carregado de testosterona e masculinidade. Todos fazem um bom trabalho, são bons actores no género de filme a que estão habituados, e não desiludem o público. Todavia, os públicos que procurem algo mais intelectual ou psicologicamente profundo talvez prefiram ver outra coisa. Tecnicamente, o filme parece-me bastante regular e com valores de produção relativamente decentes. Uma fotografia algo datada, mas o padrão da época em que o filme foi feito e sem grande contraste, bons efeitos especiais, visuais e de som, figurinos e cenários de acordo com a época (até onde me apercebi, um especialista em material militar antigo talvez seja mais hábil que eu) e uma banda sonora adequada, mas que não sobressai.