Os 12 Macacos
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Os 12 Macacos (1995)

29/12/1995 Ficção científica, Mistério, Thriller 2h 10min

76%

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O futuro é história.

Sinopse

No ano de 2035, James Cole aceita a missão de voltar ao passado para tentar decifrar um mistério envolvendo um vírus mortal que atacou grande parte da população mundial. Tomado como louco, no passado, ele tenta provar a sua sanidade para a médica Kathryn Railly, sua única esperança de mudar o futuro.

Graham Linehan

Escritor

Arthur Matthews

Escritor

Peter Fincham

Produtor Executivo

Caroline Leddy

Produtor

Alison MacPhail

Produtor

Tristram Shapeero

Diretor

Charles Roven

Produtor
Críticas dos Especialistas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 16 de Novembro de 2022

**Um excelente filme de sci-fi que merece a nossa atenção.** Não sabia bem o que esperar quando este filme passou na TV, muito recentemente, mas fiquei realmente colado ao aparelho até ao final graças a uma história verdadeiramente absorvente e a uma colecção de grandes actores que fazem um excelente trabalho. Não conheço muito bem o director Terry Gilliam, só vi um ou dois filmes dele até agora (sem contar com este filme), mas começo a compreender um pouco a sua estética. Todavia, reconheço que o surrealismo, de que o director é adepto, e a bizarria do roteiro podem, realmente, dificultar a compreensão da obra. O filme começa por nos mergulhar num mundo profundamente distópico, onde a Humanidade foi quase extinta por uma pandemia. Como a doença vem de um vírus que se espalha pelo ar, e que foi propositadamente libertado, os sobreviventes mudaram-se para abrigos sob o solo. A tecnologia, porém, evoluiu e permite o envio de crononautas (isto é, viajantes no tempo) ao passado, a fim de conseguir obter amostras puras do vírus, passíveis de serem usadas no fabrico de uma vacina ou medicamento. É assim que James Cole, um criminoso, é escolhido para a viagem no tempo a troco do perdão dos seus crimes. A missão dele não é alterar o passado impedindo a libertação do vírus, mesmo que ele pareça desejar fazê-lo. A missão consiste em localizar os responsáveis e passar todas as informações para o futuro, a fim de ser enviado outro agente que irá recolher as amostras. Mas ele sabe apenas que os responsáveis foram um grupo ambientalista radicalizado, o Exército dos Doze Macacos. Enviado por acidente para 1990 (em vez de 1996), acaba num manicómio onde irá fazer amizade com o maníaco Jeffrey Goines e cativar a simpatia da Dra. Railly. O filme aborda temas muito complexos, como as viagens no tempo, os paradoxos temporais, a impossibilidade de modificar o passado, e até mesmo a loucura, a ténue diferença entre o real e o imaginário, ou entre a sanidade e a demência. Tem vários avanços e recuos temporais e é preciso estar atento, mas o que mais intriga os espectadores é o seu final, estranhamente súbito e confuso. Eu compreendi-o bastante bem, e acho que basta estar com atenção ao filme para se entender tudo, mas vou deixar uma pista para ajudar: os olhos do protagonista e os olhos da criança que vemos no fim do filme são exactamente iguais, e o que ela vê coincide na perfeição com um sonho recorrente que atormenta o protagonista, vindo do futuro. Não digo mais nada. Adorei a interpretação de Brad Pitt neste filme. O actor, muito habituado a papeis de galã onde possa usar e abusar do seu charme natural, está quase irreconhecível aqui. Claro, mais jovem e menos experiente, mas igualmente impecável. Não sei até onde a participação neste filme teve influência no seu aprendizado como actor, mas acredito que terá sido útil a Pitt. Bruce Willis é igualmente um actor que merece destaque positivo pelo seu trabalho aqui. Ele parece mesmo confuso, e em muitas cenas ele consegue dar à personagem a sensação de que ela se abandona ao decorrer dos acontecimentos, lutando contra isso sempre que sente perigar a sua missão. A performance de Madeleine Stowe não foi tão feliz: sem deixar de ser francamente positiva, é a menos interessante e a mais convencional. Tecnicamente, o filme é impecável. Gilliam aproveita inteligentemente os cenários e os figurinos e faz um futuro verdadeiramente estranho, bizarro, com aqueles fatos de protecção plásticos e aquela bola nas cenas de interrogatório. É um mundo feio que não queremos ver um dia. Gostei especialmente da cinematografia, e da forma como o director trabalha as filmagens de maneira a tornar tudo ainda mais surreal e estranho. Por exemplo, a cena na escadaria da mansão do pai de Goines, que tem tanto de elegante e majestoso quanto de labiríntico e onírico. Além dos bons efeitos, o filme conta ainda com uma banda sonora muito eficaz.

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