Orgulho e Preconceito
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Orgulho e Preconceito (2005)

16/09/2005 Drama, Romance 2h 8min

81%

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Um romance à frente de seu tempo.

Sinopse

Elizabeth Bennet vive com sua mãe, pai e irmãs no campo, na Inglaterra. Por ser a filha mais velha, ela enfrenta uma crescente pressão de seus pais para se casar. Quando Elizabeth é apresentada ao belo e rico Darcy, faíscas voam. Embora haja uma química óbvia entre os dois, a natureza excessivamente reservada de Darcy ameaça a relação.

Paul Webster

Produtor

Tim Bevan

Produtor

Joe Wright

Diretor

Eric Fellner

Produtor

Deborah Moggach

Roteirista

Debra Hayward

Produtor Executivo

Liza Chasin

Produtor Executivo
Críticas dos Especialistas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 14 de Março de 2023

**No geral, é uma boa adaptação, ainda que não esteja livre de erros e problemas.** Creio que “Orgulho e Preconceito” é um dos romances ingleses mais transportados para cinema e televisão. Já vi mais de uma adaptação, e cada uma delas tem os seus méritos e problemas (no entanto, é geralmente consensual afirmar que a mini-série de 1995 é a mais perfeita e mais canónica). Este filme não é tão bom quanto eu gostaria que fosse, tem vários problemas, mas é bastante aceitável e tem igualmente notas positivas a reter. Aqui, a história que já conhecemos tão bem ambienta-se nos anos finais do século XVIII. Pelo que vi, o director quis fazer isso para evitar a moda do período regencial, que ele não gosta, e aproveitando-se do facto de Austen ter escrito a primitiva versão do livro por esta época. Bem, eu posso dizer que partilho das considerações do director, Joe Wright, quando aos vestidos do período regência/primeiro império francês. Esteticamente, são muito menos interessantes do que os “bolos de noiva” do período pré-Revolução Francesa, ou que os vestidos amplos que se começaram a usar no período romântico. A ideia destes vestidos, que destacam imenso o colo da mulher e depois caem a direito como uma camisa de dormir, é de certo modo imitar o que se pensava que os romanos e gregos vestiam. Mesmo assim, há vários erros na forma como as personagens foram vestidas, arranjadas, penteadas e caracterizadas: basicamente, o director ignorou tudo aquilo que não lhe convinha. Isso foi um erro. O filme é razoavelmente curto para a obra literária que traz, mas creio que não tinha como não ser de outra maneira. De resto, a narrativa está feita de maneira decente, e a adaptação feita ao material original é bastante conscienciosa e procura não cortar coisas importantes. O que eu não gostei foi a maneira como certas personagens foram desenvolvidas: Elizabeth tornou-se numa menina bravia e muito menos contida do que seria suposto no romance, por exemplo. O restante, contudo, é bastante satisfatório. O filme está cheio de grandes actores britânicos: além de Keira Knightley que se desembaraça bem no papel de protagonista, temos ainda Rosamund Pike, Brenda Blethyn, Talulah Riley, Jena Malone e Judy Dench. Cada uma fez um trabalho bastante bom no papel que lhe foi conferido. Também devemos apreciar o trabalho de Matthew MacFadyen, Donald Sutherland, Simon Woods e Tom Hollander. A nível técnico, o filme investe bastante em bons cenários, locais de filmagem convincentes e bem seleccionados e bons adereços. A cinematografia também é boa e faz um excelente trabalho ao longo de todo o filme, com um trabalho de câmara invejável e boas cores e luz. O filme conta ainda com uma boa banda sonora.

Críticas dos Usuários

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