O Grinch
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O Grinch (2000)

17/11/2000 Comédia, Família, Fantasia 1h 45min

68%

Avaliação dos usuários

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Ele traz a maldade para o verde.

Sinopse

Um Grinch que odeia o Natal resolve criar um plano para impedir que os habitantes da pequena cidade de Quemlândia possam comemorar a data festiva. Para tanto, na véspera do grande dia, o Grinch resolve invadir as casas das pessoas e furtivamente roubar delas tudo o que esteja relacionado ao Natal.

Ron Howard

Diretor, Produtor

Jeffrey Price

Roteirista

Peter S. Seaman

Roteirista

Brian Grazer

Produtor

Todd Hallowell

Produtor Executivo
Críticas dos Especialistas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 10 de Junho de 2024

**Um filme sobre o Natal, e sobre a forma como nós o encaramos.** Para começar, devo clarificar que nunca vi qualquer outro material sobre o Grinch, muito menos o livro original onde esta personagem foi criada. Vou julgar este filme por aquilo que ele é, sem tecer comparações. Ele não é o meu favorito de Natal, nunca foi, chego até a pensar que é um pouco assustador para crianças mais pequenas, dada a feiura e as más atitudes do Grinch. Mas tem uma boa história, bons diálogos e outras qualidades. O que é o Natal? Muitos vão dizer que a festa da família, das crianças. Eu aceito, mas, de facto, é a data simbólica em que a Igreja Católica marca o nascimento de Jesus. Ninguém sabe quando Jesus nasceu, mas a Igreja escolheu a data por conveniência, coincidindo a festa com uma celebração pagã mais antiga, a Saturnália. Por séculos o Natal foi só um dia festivo em que os católicos comiam peixe (é vedado o consumo de carne e doces em dias santos, muito embora as elites o fizessem, mediante o pagamento de indulgências em dinheiro), se confessavam e ouviam a missa. A “invenção” do Natal moderno aconteceu no fim do século XIX, com o capitalismo, e a criação de indústrias de brinquedos e do ramo alimentar que permitiram às classes médias uma ceia mais interessante e o presente para as crianças, que lhes era oferecido pelo Menino Jesus e, mais tarde, pela personagem inventada do Pai Natal (em Espanha, essa troca de presentes só é feita no Dia de Reis, em Janeiro, o que penso que faz total sentido). Foi assim que, na Inglaterra, Alemanha e EUA, o Natal se tornou mais comercial, mais voltado para o consumo, a distribuição de presentes e o convívio, e a vertente religiosa ficou em segundo plano. Este filme, lançado nos anos 80, mostra-nos uma personagem malvada que passou a ver o Natal como algo fútil devido a essa obsessão por brinquedos, presentes e comida. Ele não sabe expressar isso da melhor forma, desconhece que por trás dessa futilidade há um significado maior, mas o que o Grinch rejeita é, precisamente, esse “Natal Comercial”. E eu não podia concordar mais com ele… assim, por meio das suas malandrices, o Grinch vai ajudar as pessoas a reencontrarem o verdadeiro significado do Natal, ainda que esse não seja o real propósito que o move. Essa é a beleza desta história, para mim: o Grinch vai ajudar os Whoos ao mesmo tempo que eles vão ajudar o Grinch a compreender que o Natal é muito mais do que presentes e comida. Dirigido por Ron Howard, um director cujos créditos dispensam apresentações, o filme é muito bem feito e foi um gigantesco êxito de bilheteira e de crítica. Tornou-se, podemos dizer, um clássico da quadra natalícia, ainda que hoje não seja tão popular. Sem momentos mortos, tem um ritmo excelente, não se alonga demasiado, não é cansativo e o roteiro faz o que precisa, embora com várias falhas e várias piadas que não são certeiras. Gostei, em particular, das intervenções e rimas do narrador, algo que se encaixa bem e reforça a ideia de que isto é uma história infantil. A cinematografia é incrível, com cores vibrantes e chamativas, e a banda sonora, não sendo memorável, tem boas qualidades. Jim Carrey fez muito bem ao aceitar a difícil tarefa de dar vida ao Grinch. Eu só consigo imaginar como foi massacrador para ele ser diariamente sujeito à rotina de maquilhagem, mas valeu totalmente o tempo e o fastio: ele está irreconhecível e absolutamente credível e autêntico debaixo daquela coisa, além de ter um dom natural para modelar a voz como quer e mais convém à personagem. Sir Anthony Hopkins também merece um louvor pela sua participação, tendo emprestado a voz ao narrador. O resto faz um trabalho positivo, mas limita-se a dar suporte a Carrey na sua tarefa de construir o filme à sua volta.

Críticas dos Usuários

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