O Bebê de Rosemary
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O Bebê de Rosemary (1968)

14
01/01/1968 Drama, Terror, Thriller 2h 18min

78%

Avaliação dos usuários

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Sinopse

Um jovem casal se muda para um apartamento em Nova York para começar uma família. As coisas ficam assustadoras quando Rosemary começa a suspeitar que seu futuro bebê não está seguro ao lado dos seus estranhos vizinhos.

Roman Polanski

Diretor
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Críticas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 29 de Junho de 2018

**Um dos grandes clássicos do terror.** Roman Polanski, com uma longa carreira no cinema, é um dos directores mais influentes do século XX, embora eu não tenha qualquer simpatia pessoal por ele. Mas devo reconhecer: este filme é um dos mais clássicos do terror mundial, obrigatório a qualquer apreciador do género. É também um dos melhores da carreira do director. A história passa-se num prédio de apartamentos e gira em torno de Rosemary, uma jovem que engravida após ter um misterioso pesadelo em que algo a violava. Claro, o seu dedicado marido nem desconfiou de quem era o pai daquela criança e ficou felicíssimo. Mas outras revelações, e as atitudes de um par de vizinhos idosos e aparentemente amorosos, convencem-na de que espera pelo Anticristo, o filho do próprio Diabo. Aterrorizante, não? Quando estreou, no fim dos anos sessenta, era assustador e compreendo o porquê. Mais do que outros filmes até então, usa a tensão permanente para manter o público em absoluto desconforto, sem mencionar que o facto de todo o perigo girar em torno de um bebé ainda por nascer é algo que afecta o lado mais emotivo de qualquer pessoa. Com um roteiro assim é fácil ter sucesso, especialmente quando Polanski usa tão bem os efeitos visuais e sonoros quanto a cinematografia, propositadamente densa. Tudo foi pensado para nos deixar tensos, desconfortáveis. A cena de violação é digna de antologia e, apesar de hoje poder ser considerada leve, foi chocante na época. Mia Farrow esteve ao mais alto nível no filme, talvez o mais controverso da sua carreira, dado que nem o marido dela a apoiou, vindo a divorciar-se dela devido às cenas mais intensas, onde a actriz mostrava os seios (hoje em dia algo tão banal). Sidney Blackmer e Ruth Gordon, um par de veteranos, deu vida aos Castevet, os vilões. John Cassavetes é mais contido mas faz bem o seu papel. Hoje, este filme pode não assustar como no passado. Tudo tem a sua data de validade. Mas apesar de tudo, este ainda continua a ser um dos grandes clássicos do terror e deve ter um lugar na prateleira de qualquer amante dos sustos.