Número 23
No ar Assista Agora
No ar Assista Agora

Número 23 (2007)

23/02/2007 Crime, Mistério, Thriller 1h 38min

64%

Avaliação dos usuários

Escrever uma Crítica

Primeiro toma conta de sua mente... depois toma conta de sua vida.

Sinopse

Um homem encontra um livro obscuro sobre o número 23 e inicia uma jornada sombria. À medida que ele se torna cada vez mais obcecado com o conteúdo, ele se convence de que o livro é baseado em sua vida. Para o seu desespero, ele descobre ainda que graves consequências estão armazenadas para o principal personagem da obra.

Beau Flynn

Produtor

Tripp Vinson

Produtor

Joel Schumacher

Diretor

Fernley Phillips

Roteirista

Mike Drake

Produtor Executivo

Eli Richbourg

Produtor Executivo

Brooklyn Weaver

Produtor Executivo
Críticas dos Especialistas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 25 de Novembro de 2018

**O final do filme estragou tudo.** Sabemos que as chamadas "teorias da conspiração" tornaram-se populares hoje em dia. Para os fãs, não há virtualmente nenhum detalhe da nossa vida quotidiana que não esteja provavelmente associado a qualquer conspiração. Neste caso, o filme associa essa ideia a obsessões numéricas e à busca de padrões e relações entre ocorrências distintas. O conceito explora o surreal e é bastante original, pois é incomum em thrillers (pelo menos, não me lembro de nenhum com essa receita antes). O roteiro centra-se em Walter, um homem perfeitamente comum que começa a sentir-se ameaçado e perseguido por um número depois de ler um livro perturbador. Ele procura, e encontra, esse número ligado a factos e situações diferentes, à medida que nós começamos a questionar a sua sanidade. O filme começa bem: os créditos iniciais, graficamente elegantes, foram uma forma original de apresentar o tema ao público e dar-lhe alguma credibilidade. Também gostei da forma como Walter é apresentado e como o filme enfatizou a sua normalidade. Ele é um tipo como qualquer outro, com valores e integridade, tentando viver a sua vida, mas que acaba apanhado no meio de um furacão obsessivo. A sua transformação é evidente e, naquele momento, já ganhamos alguma simpatia por Walter e a nossa curiosidade é alimentada pelas suas descobertas. No entanto, certas coisas tornam-se previsíveis demais. Por exemplo, desde o início que é evidente que Fingerling será um alter-ego negativo de Walter. A previsibilidade devia ter sido evitada mas ainda é um problema menor... o maior problema é o final, que tem uma linha de orientação muito longa e acaba por ter um resultado decepcionante e anti-climático. Um final mais elaborado e menos convencional teria tornado este filme excepcional. Foi uma oportunidade perdida. Não tenho nada a dizer sobre a direcção de Joel Schumacher. Ele está longe de ser um director muito bom, mas conseguiu desembaraçar-se aqui. Por outro lado, tenho muito o que dizer de Jim Carrey. Estou cada vez mais convencido de que este actor foi muito subestimado. Ele tornou-se popular graças às comédias e ficou muito ligado a elas perante o público, e por isso ficamos surpreendidos quando percebemos que ele também pode ser um bom actor dramático. Mas vamos ser honestos: não foi o seu primeiro filme dramático, pelo contrário. Ele parece estar a fazer um esforço para nos mostrar versatilidade e cabe a nós perceber isso. Ele foi muito bom aqui, fez um trabalho sólido e bem feito... Mais difícil de engolir foram as cenas de sexo. Na verdade, senti que, às vezes, estavam a mais no filme. Virginia Madsen também fez um bom trabalho aqui, como uma dedicada esposa ou uma amante italiana ardente, com contornos ninfomaníacos (os dois actores interpretaram duas personagens, "ego" e "alter-ego"). Tecnicamente, o filme tem alguns momentos brilhantes. A cinematografia começa com tons quentes mas sofre uma violenta mudança com Fingerling, carregando-se de tons frios, claro-escuro, vazios e sombras. A partir daí, à medida que a obsessão avança, tudo se torna mais frio e sombrio. Também notei alguns excelentes ângulos de câmara, incluindo o uso inteligente dos reflexos. Este filme é um daqueles que podem enlouquecer-nos... tinha tudo para ser muito bom. Uma ideia original, excelentes actores, um director decente e bons valores de produção. O roteiro começou bem e foi desenvolvido de forma convincente... mas quando deviam ter colocado a cereja no topo do bolo, tudo ruiu como um castelo de cartas. Frustrante...

Críticas dos Usuários

5000 Caracteres Restantes.