Laranja Mecânica
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Laranja Mecânica (1971)

16
01/01/1971 Crime, Ficção científica 2h 16min

82%

Avaliação dos usuários

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Escrever uma Crítica

As aventuras de um jovem rapaz cujos principais interesses são estupro, ultra-violência e Beethoven.

Sinopse

Em uma Inglaterra do futuro, um membro de uma gangue de delinquentes tenta desligar-se, mas é espancado pelos demais e deixado ao abandono para ser apanhado pela polícia. Na prisão, ele é submetido a um tratamento experimental para recuperar criminosos, expondo-os às mazelas que eles mesmos infligiam à sociedade.

Stanley Kubrick

Diretor, Roteirista, Produtor

Si Litvinoff

Produtor Executivo

Howard Klein

Produtor

Ronald D. Moore

Produtor

Max L. Raab

Produtor Executivo
Críticas dos Especialistas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 13 de Maio de 2018

**Brutal, sexual, gráfico e horrendo. Se este é um dos melhores filme de sempre, nem quero ver o pior.** Eu nunca gostei deste filme. É baseado num livro que eu não li e nunca encontrei à venda, então não posso julgar se foi fiel ao livro. No entanto, a maioria das pessoas parece ter uma opinião consensual de que este filme é brilhante e um dos melhores já feitos. É incómodo pela própria natureza pois aborda temas brutais. Basicamente, fala da mais extrema violência e das possíveis maneiras de a controlar, através da lavagem cerebral ou controlo absoluto sobre as pessoas. É um mundo que ninguém realmente quer. Se a violência é algo que condenamos, a ultra-violência é repugnante. O condicionamento total de uma pessoa lembra-nos do tempo da escravidão e do homem como objecto. São ideias que a nossa civilização, a grande custo, aprendeu a recusar. Esses temas fariam um excelente filme e este filme teria sido óptimo se não exagerasse, em cenas desnecessariamente gráficas! E o filme piora à medida que mostra ao público a abundante explosão de destruição, acompanhada - surpresa, ou talvez não - por cenas de nudez e sexo quase explícito. Stanley Kubrick encheu a grande maioria dos seus filmes com doses generosas de sangue e sémen. Ele sempre pareceu obcecado com isso, e tenho certeza de que Freud faria uma análise bastante interessante dele, então por que seria diferente a sua "magnum opus"? No meio de todo este monumento à loucura, devemos reconhecer que o filme aborda um assunto complexo e tem uma história boa, embora seja tão abjeto que acaba por não valer o esforço para ver. Talvez no futuro alguém com coragem refaça o filme de maneira mais contida, sem exageros. Também quero enfatizar o excelente desempenho de Malcolm McDowell. O actor, ainda relativamente jovem, chegou ao limite, aceitando coisas que eu, no lugar dele, não aceitaria, e conseguiu manter o nível interpretativo e o brilho. Por isso, merece parabéns. Do ponto de vista dos detalhes e técnica, é possível que este seja um dos melhores filmes já feitos. Mas ficamos chocados demais para o apreciar. E a verdade é que o cinema não é só técnica. O público não enche as salas para admirar a maneira como a câmara se move, a cor e a luz da cinematografia, a qualidade da caracterização. A essência de qualquer filme é a história contada e, neste caso, é a história de um pesadelo. A concepção de uma obra de arte cinematográfica precisa, necessariamente, de chocar ou causar erecções? No passado, a arte era beleza e perfeição, e ainda penso na arte dessa maneira. A arte agora tem que ser deformada, sexual, pornográfica e sangrenta? Esta arte é o pálido reflexo de nossa sociedade bárbara ou é meramente o reflexo da mente aparentemente distorcida de seu criador?

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