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La La Land: Cantando Estações (2016)
79%
Avaliação dos usuários
Para os sonhadores que acreditam no amor. Para os apaixonados que acreditam nos sonhos.
Sinopse
Damien Chazelle
Escritor, DiretorMichael Beugg
Produtor ExecutivoGary Gilbert
ProdutorJordan Horowitz
ProdutorMarc Platt
ProdutorTy Stiklorius
Produtor ExecutivoMike Jackson
Produtor ExecutivoFilipe Manuel Neto
Escrita em 3 de Fevereiro de 2023**Realmente um bom filme, que justifica o falatório em torno dele.** Quem não se lembra de “La La Land”? Foi em 2016 que saiu para os teatros, e foi um dos mais vistos e aclamados filmes desse ano. Foi um filme que foi virtualmente levado ao colo por entre os festivais e prémios da sétima arte, e que parecia destinado a limpá-los a todos, como “Titanic” havia feito duas décadas antes. Quando chegou aos Óscares, tinha praticamente nomeações em quase todas as categorias onde o puderam incluir! Das catorze nomeações, todavia, arrecadou “apenas” seis estatuetas, com a sétima – Melhor Filme – a escapar por entre os dedos naquele que foi o mais absoluto vexame de toda a história da Academia de Hollywood: a famigerada, mas histórica, troca dos envelopes que todos temos bem patente na memória. Mas quando eu disse “apenas”, é preciso relativizar as coisas: o que muitos produtores não teriam dado para ganhar seis óscares num filme deles! Goste-se ou não, foi um grande feito e “La La Land” recebeu uma merecida consagração nessa noite. O filme, dirigido pelo novato Damien Chazelle, é uma homenagem bastante digna aos musicais da era dourada de Hollywood, e conta com um roteiro geralmente simpático: uma aspirante ao estrelato que tenta tornar-se actriz conhece e apaixona-se por um pianista ‘jazz’ purista que quer restaurar o interesse das pessoas pelo género musical que adora, e que sente estar a perder-se lentamente. É a paixão mútua que os faz não desistir dos seus respectivos sonhos, mas também acabará por ditar que ambos sigam caminhos próprios. E realmente, o fim do filme, agridoce e um pouco realista demais, embate chocantemente com a magia sentida ao longo de todo o resto do filme. É como ter um sonho muito bonito, onde tudo é possível com algum esforço e trabalho sério, e acabar por ver esse sonho atropelado por uma realidade pesada, crua e frequentemente injusta. E é preciso dizer, apesar de as personagens parecerem simpáticas, elas são egoístas e só pensam em si mesmas e nos seus interesses. Parece que ficam juntos apenas enquanto isso for realmente benéfico para os interesses individuais que nutrem. Apesar de eu não gostar muito das personagens, Emma Stone e Ryan Gosling oferecem-nos, no filme, dois trabalhos magníficos de interpretação e também de canto e dança. Gosling mostrou talentos escondidos ao teclado de um piano, e ambos são muito bons nas coreografias, ainda que o canto não seja particularmente o ponto forte de nenhum dos dois. Ambos são jovens, e é bastante possível que venham a dar-nos desempenhos dramáticos ainda melhores no futuro. O resto do elenco do filme praticamente não interessa, é um daqueles filmes onde as personagens principais são tão esmagadoras e omnipresentes que não há espaço para mais ninguém. Tecnicamente, o filme tem vários aspectos francamente bons que merecem a nossa atenção e o nosso louvor. Para começar, a forma honesta e inteligente como o filme recria e insere cenas e rotinas de dança dos grandes musicais do passado, de “Shall We Dance” a “Serenata à Chuva” e “West Side Story”. Os cenários, os elementos, as rotinas estão lá. A cinematografia, colorida, franca, generosa na luz, é magnífica e um festim para o olhar. A edição foi feita de modo exímio e muito hábil. Os cenários não podiam ser melhores, aproveitando as colinas de Hollywood ou o Observatório Griffith da melhor forma. A banda sonora, as melodias e canções são excelentes.
5000 Caracteres Restantes.