Karatê Kid: A Hora da Verdade
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Karatê Kid: A Hora da Verdade (1984)

22/06/1984 Ação, Drama, Família 2h 6min

72%

Avaliação dos usuários

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Somente "o velho" poderia ensinar-lhe os segredos dos mestres.

Sinopse

O adolescente Daniel LaRusso se envolve com a ex-namorada de um mau caráter na escola e passa a ser atormentado por sua gangue. Para sua sorte, ele contará com os ensinamentos de um mestre de karatê, o senhor Miyagi, que o prepara para autodefesa e também para um importante campeonato.

Jerry Weintraub

Produtor

John G. Avildsen

Diretor

Robert Mark Kamen

Escritor

R.J. Louis

Produtor Executivo
Críticas dos Especialistas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 17 de Junho de 2022

**Um marco dos anos 80** Não sou propriamente um fã dos filmes de luta, nem dos filmes de artes marciais. Geralmente, é um tipo de filme que evito, porque acho aborrecido e cansativo. Todavia, fiquei rendido a este filme, sendo seguramente um dos mais famosos dos anos 80, um filme que ainda hoje, passados trinta anos, sabe bem rever. Talvez por culpa disso, é um filme que ainda conserva o seu lugar na grelha dos canais de TV de cinema. O roteiro é simples, mas bastante apelativo e cheio de personagens bem trabalhadas e dignas da nossa simpatia. O protagonista é Daniel, um jovem adolescente que acaba de se mudar para a Califórnia e está a tentar adaptar-se a um novo ambiente. Porém, ele rapidamente conquista a inimizade de um rapaz mais velho, mais endinheirado e mais violento, por culpa do interesse comum de ambos na mesma rapariga. Forçado a aprender ‘karaté’ para se defender, trava uma amizade com o porteiro do prédio onde trabalha, um idoso japonês que lhe ensinará tudo o que precisa de saber sobre a arte marcial. Ralph Macchio é simpático e agradável na sua personagem, e faz um trabalho agradável, que lhe granjeará a fama. De facto, tornar-se-á no único grande papel da carreira do actor, que ainda hoje interpreta a mesma personagem em jogos de vídeo e séries. Elizabeth Shue, por sua vez, fez um uso mais inteligente do êxito relativo que conseguiu no seu papel deste filme. Apesar de não brilhar, ela cumpre bem com o que precisa de fazer e isso abriu-lhe portas para uma série de outros trabalhos. Mas é definitivamente Pat Morita quem rouba a nossa atenção sempre que está em cena. Ele é impecável no papel do inteligente e sensato japonês Através da personagem, o filme transmite-nos uma visão do ‘karaté’ pacifica, focada na defesa e na precisão de estar preparado para nunca ter realmente de lutar. O actor, de resto, foi indicado ao Óscar pela sua interpretação aqui. O filme conta ainda com as participações notáveis de William Zabka e Martin Kove. Com uma cinematografia bonita e elegante, cores nítidas e um bom trabalho de filmagem, é um filme que não parece tão datado como outros filmes desta década. Gostei particularmente dos cenários da casa japonesa, com os seus jardins e magníficos detalhes de carpintaria, e dos carros clássicos de algumas cenas. As cenas de luta e de acção parecem bastante coreografadas, mas ainda são genuínas o suficiente para não ficarem mal. A banda sonora, assinada por Bill Conti, é verdadeiramente memorável e uma pequena pérola que, geralmente, passa ao lado, esquecida e ultrapassada por outras partituras mais conhecidas e consagradas.

Críticas dos Usuários

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