Interlúdio
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Interlúdio (1946)

21/08/1946 Mistério, Romance, Thriller 1h 41min

77%

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Tensão Eletrizante

Sinopse

Localizado no Rio de Janeiro, conta a história de Alicia e Devlin, dois polos completamente opostos que acabam se apaixonando devido ao tempo em que trabalharam juntos. Ela é filha de um espião alemão preso pelo governo dos EUA e, para evitar a morte do pai, é obrigada a ajudar o governo americano a prender inimigos mais importantes. Ele é um agente do governo que vai comandar a operação, monitorando para que tudo saia nas mais perfeitas condições planejadas.

Alfred Hitchcock

Diretor, Produtor

Ben Hecht

Escritor
Críticas dos Especialistas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 19 de Março de 2021

**É um bom filme, mas comigo não funcionou muito bem.** Confesso que esperava mais deste filme. É bom, mas não me surpreendeu ou impressionou como outros do mesmo director. Alfred Hitchcock não é só um dos mais marcantes directores de cinema de sempre, é também um dos mais prolíficos, eu acho. E a verdade é que alguns dos seus filmes são melhores, e outros nem tanto. Depende dos gostos de cada um. E este filme, um bom filme, repito, não me pareceu tão interessante ou surpreendente assim. A trama começa bem, com uma condenação judicial de um espião alemão, apanhado em solo americano, mas depois concentra-se na filha dele, Alicia. E o facto é que eu nunca consegui ter qualquer simpatia pela personagem, que me pareceu uma jovem mimada, autodestrutiva e até insensata. A última escolha, na minha opinião, para uma operação de espionagem internacional. Seja como for, é precisamente ela a escolhida para se infiltrar num grupo de nazis radicado no Brasil, tendo assim a oportunidade de limpar a sua honra. No meio de tudo isto, desenrola-se um romance entre ela e o agente que a recruta, em que amor e dever patriótico nem sempre se conseguem conjugar. Como já dei a entender, o meu maior problema com este filme foi a pouca simpatia que senti pela personagem principal. E isso leva-me invariavelmente a falar de Ingrid Bergman para dizer que ela não tem culpa alguma. A personagem não me agradou e isso não coloca em causa, de modo algum, o trabalho impecável da actriz que, de novo, nos dá um excelente trabalho de interpretação dramática. Aliás, um dos pontos mais interessantes do filme é a forma como ela e Cary Grant contracenam juntos. Eles trabalham de forma maravilhosa e constroem uma boa química romântica, contida e muito elegante. O director Hitchcock é o mestre do ‘suspense’. Este filme não é, nem de perto, o exemplo mais cabal das capacidades do director, que se superou em filmes como *Janela Indiscreta* ou *Psico*, mas não desilude os fãs. A trama de espionagem fornece todos os elementos necessários a um bom thriller. A cinematografia é importante no trabalho do director, com um hábil e complexo trabalho de filmagem e de câmara, um uso inteligente da luz e da sombra, e um preto-e-branco elegante e visualmente bonito, com semelhanças seguramente intencionais com a estética do cinema ‘noir’.

Críticas dos Usuários

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