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Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida (1981)
O retorno da grande aventura.
Sinopse
Filipe Manuel Neto
Escrita em 22 de Fevereiro de 2018**Um bom filme, apesar de o roteiro estar longe da perfeição.** Este filme marca o início da franquia de Indiana Jones, um arqueólogo/explorador que resgata artefactos valiosos e antigos em todo o mundo. Dirigido por Steven Spielberg, tem um roteiro de Lawrence Kasdan sobre um conceito original de George Lucas, e conta com a participação de Harrison Ford no papel principal. Este filme é baseado em relatos sobre o modo como os nazis procuraram apropriar-se de relíquias antigas, em especial as mais sagradas, considerando-as obras de arte ou objectos mágicos, como a Lança do Destino, ou outros artefactos. O roteiro revelou-se funcional e capaz de contar uma história de maneira lógica e interessante, mas claro, tem falhas, começando pela ausência total de verdade histórica. Apesar de os nazis, de facto, terem procurado este tipo de artefactos, não realizavam, pelo menos que eu tenha lido, expedições com tanto "show-off" como a que vemos neste filme. Isso foi amplificado para efeitos dramáticos pelos argumentistas. Mas não foi só aqui que o filme "meteu água" em termos de rigor histórico. Situando-se no período imediatamente anterior à Segunda Guerra Mundial, a forma como as personagens já encaram os nazis tem mais a ver com o pós-guerra do que, propriamente, com a visão que o mundo tinha dos nazis antes do conflito mundial, e de todos os seus horrores virem a público. Harrison Ford teve, com este filme, a oportunidade de dar mostras do seu talento. E a verdade é que brilhou, mostrando-se totalmente à altura do desafio e honrando o público com uma interpretação forte e impressionante. Os cenários e locais de filmagem fazem a nossa imaginação ir além do próprio filme, as cenas de acção são boas e a banda sonora, escrita por John Williams, tornou-se rapidamente uma das mais famosas do cinema. E todas estas características positivas acabam, em última análise, por nos fazer esquecer o descaso do roteiro para com os factos históricos. Simplesmente deixamo-nos levar pelo filme e pela aventura.