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Fogo Contra Fogo (1995)
Uma saga de crime e obcessão.
Sinopse
Teófilo Moraes Guimarães
Escrita em 20 de Outubro de 2015Fogo Contra Fogo (1995) é uma refilmagem de um trabalho anterior do próprio diretor Michael Mann. O telefilme "L.A. Takedown" de 1989.
Filipe Manuel Neto
Escrita em 18 de Junho de 2023**Um bom filme, com grandes actores ao mais alto nível, um pouco diferente dos demais filmes de acção e que merece ser revisitado nos dias de hoje.** Se há uma coisa que pode ser um bom passatempo é um filme de acção com ladrões engenhosos e destemidos e polícias dispostos a tudo para os prenderem. Este filme é isso, basicamente, e apesar de já termos visto muitos filmes com esta receita, nem ela se torna cansativa, nem os filmes se tornam aborrecidos ou menos interessantes. Michael Mann é hoje um director com créditos sólidos na acção, em parte graças a este filme, mas também a “O Informador” e a “Colateral”. Antes deste filme, ele havia dado provas de uma extraordinária competência ao dirigir “O Último dos Moicanos”, filme que eu considero um exemplo por harmonizar a liberdade criativa, o absoluto rigor histórico e um grande respeito pelo material de origem. Neste filme, Mann não desilude e volta a dar-nos uma direcção sólida, consistente, empenhada e criativa. Para o elenco foram chamados diversos grandes actores com provas dadas. Claro, não é possível que todos tenham o mesmo grau de protagonismo, mas acho que cada um deles teve o tempo e o material necessário para fazer um trabalho muito bem feito. Al Pacino e Robert De Niro destacam-se claramente da multidão. Além de terem as personagens centrais da trama, eles são ambos incrivelmente intensos, carismáticos, explosivos. Vale a pena ver este duelo de titãs. Pacino é o mais antipático e difícil de gostar porque está constantemente à beira de um colapso nervoso. De Niro é mais gentil e humano, pelo que não é difícil torcer por ele. Além deles, temos o excelente trabalho de Val Kilmer e Jon Voight, e um desempenho bem conseguido de Tom Sizemore. O filme conta ainda com as aparições de Danny Trejo (quase a interpretar a si mesmo) e de uma adolescente chamada Natalie Portman, entre muitos outros nomes conhecidos. Apesar de tudo, este filme tem pouca acção, dirão muitos. E realmente, a prioridade que foi dada aqui é o desenvolvimento das personagens e de cada uma das suas histórias, de modo que a acção se concentra mais nalgumas sequências específicas como a antológica sequência do assalto e tiroteio em plena rua. Eu gostei disso, e gostei de sentir que este filme tentou ser diferente de uma forma positiva. A minha única crítica é o ritmo lento e cansativo que o filme assume na maior parte do tempo. Com um ritmo um pouco mais rápido graças a alguns cortes cirúrgicos, o filme tornar-se-ia mais leve. Filmado em Los Angeles, na própria cidade (eu só imagino o pesadelo logístico que isso deve ter sido!), o filme não podia ter melhores cenários e figurinos, primando pelo total realismo. Os efeitos especiais funcionam muito bem, a cinematografia é maravilhosa e o filme é visualmente muito elegante e maduro.