Eu, Robô
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Eu, Robô (2004)

15/07/2004 Ação, Ficção científica 1h 54min

70%

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Regras foram feitas para serem quebradas.

Sinopse

Em 2035, é comum robôs serem usados como empregados e assistentes dos humanos. Para manter a ordem , esses robôs possuem um código de programação que impede a violência contra humanos, a Lei dos Robóticos. Quando Dr. Miles aparece morto e o principal suspeito é justamente um robô, acredita-se na possibilidade de que os robôs tenham encontrado um meio de desativar a Lei dos Robóticos.

Jeff Vintar

Roteirista

Alex Proyas

Diretor

Akiva Goldsman

Roteirista

John Davis

Produtor

Topher Dow

Produtor

Laurence Mark

Produtor

Wyck Godfrey

Produtor
Críticas dos Especialistas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 22 de Agosto de 2021

**Apostando num CGI excessivo e no visual, tem uma história satisfatória e um roteiro pouco ambicioso.** Não tinha muitas expectativas quando resolvi ver este filme: o título não me inspirava muito e a presença de Will Smith, actor que nunca gostei muito, também não me fazia prever nada de grandioso. De facto, este filme é bastante banal na sua essência, mas cumpre com a sua tarefa principal, que é entreter-nos sem podermos dar por mal empregue o tempo gasto para o ver. O roteiro é bastante simples, na minha opinião: piscando o olho aos filmes ‘noir’ do passado, este filme é uma investigação policial dirigida por um detective céptico, desconfiado, às vezes algo neurótico na sua maneira de agir. Tudo decorre no ano de 2035 (daqui a apenas alguns anos): a humanidade afeiçoou-se às utilidades dos robôs e aproveita-os para todos os trabalhos que se revelam cansativos ou repetitivos. O crime é o aparente suicídio impossível de um importante cientista associado à robótica. Desde o começo, o detective suspeita de homicídio, e da atitude de um robô que parece excessivamente rebelde. Porém, o que a sua investigação vai revelar é bastante mais grave e sério do que ele poderia imaginar. O filme é um cruzamento de elementos que pareceria improvável a um primeiro olhar: o sci-fi carregado de CGI mistura-se com uma personagem principal que parece ter saído de *Sin City*, na sua atitude desconfiada, pessimista, sombria e por vezes brutal. A história é boa o bastante para nos prender até ao final, muito embora seja bastante evidente que tudo vai redundar numa conspiração em que o domínio do mundo vai estar em disputa. Há alguns pontos dissonantes, sub-enredos que nunca se desenvolvem, um mundo que parece ter evoluído depressa demais em cinquenta anos (o filme é de 2004, a história ocorre em 2035) e que o filme não explora. Não é um filme para um público que quer pensar sobre o que viu, apenas um filme para passar algum tempo entretido. Sob esse prisma, eu penso que a produção foi muito pouco ambiciosa. Will Smith não é um actor que eu aprecie particularmente. Ele é bom para certos trabalhos, mas não é o tipo de actor que eu consideraria versátil ou multifacetado. Aqui, o actor parece nunca se empenhar verdadeiramente, e faz um trabalho preguiçoso e mole, numa mistura de *MIB* e *Wild Wild West*. Ele tem presença, tem carisma, não lhe podemos negar isso, mas faz pouca coisa além do básico. Bridget Moynnahan faz um contraponto interessante a Smith, e consegue ser mais que uma cara bonita para coadjuvar o actor principal. Bruce Greenwood é bom, mas não tem tempo ou material para ir além do que foi. Alan Tudyk modela muito bem a sua voz e adapta-se relativamente bem à personagem, mas o filme não era para ele brilhar. A nível técnico, o filme aposta quase totalmente num CGI pesado e omnipresente, que domina a cinematografia de uma forma que eu, particularmente, achei excessiva, principalmente por se notar demasiado que tudo era falso. Não era um CGI de qualidade, realista, natural. Os cenários e figurinos funcionam satisfatoriamente, mas também não surpreendem. A direcção de Alex Proyas provou ser exímia na criação de um estilo visual próprio e no uso da cinematografia para amplificar a grandiosidade do que vemos. A banda sonora também não me satisfez.

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