Esse Mundo é um Hospício
No ar Assista Agora
No ar Assista Agora
No ar Assista Agora
No ar Assista Agora

Esse Mundo é um Hospício (1944)

01/09/1944 Comédia, Crime 1h 58min

76%

Avaliação dos usuários

play Reproduzir trailer

Strike. Você está fora!

Sinopse

Mortimer Brewster é um jornalista e escritor conhecido por suas implicância com o casamento. Logo na cena de abertura nós vemos ele se casar na prefeitura. Agora, só falta uma rápida viagem para casa para informar as tias solteironas de Mortimer. Ao tentar dar a notícia, ele descobre o passatempo de suas tias: matar velhos solitários, como se fosse um ato de caridade, e enterrá-los no porão. E vai ficar pior.

Críticas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 3 de Dezembro de 2023

**Uma extraordinária comédia que prima pelo seu despretensiosismo.** Eu não tinha grandes expectativas quando resolvi ver este filme, e acho que isso aumentou ainda mais o impacto que ele acabou por ter: baseado numa peça de teatro de sucesso, o filme é uma extraordinária comédia cheia de bizarrias e de tropelias, sem um único momento morto e carregada de reviravoltas que fazem rir e nos divertem. O roteiro começa com o casamento repentino de Mortimer Brewster, um famoso crítico de teatro conhecido por ser solteirão. Ao ir preparar as suas malas para a viagem de lua-de-mel, o jovem descobre que as duas tias idosas com quem tem vivido são duas assassinas sem remorso, que acreditam que estão a fazer um bem enorme ao acelerarem a morte de homens solitários e tristes que lhes vão bater à porta para arrendar um quarto e dormir. Além, disso, o irmão delas, que vive naquela casa, acredita piamente que é o Presidente Theodore Roosevelt e está a escavar o Canal do Panamá na cave. E como se a loucura não fosse suficiente, Mortimer tem um irmão assassino e louco. Os diálogos e as situações são memoráveis e o humor é contagiante. Consigo compreender por que motivos é que Cary Grant não gostava do trabalho que fizera neste filme: ele realmente exagera na sua actuação, é histriónico, passa quase metade do filme histérico. Porém, isso é engraçado e a personagem, e o roteiro, pediam à personagem que fosse dessa maneira. O actor, mesmo a contragosto, soube entender o que a personagem lhe pedia e agir de acordo. As veteranas Jean Adair e Josephine Hull não nos decepcionam oferecendo-nos uma interpretação verdadeiramente brilhante, e o mesmo pode ser dito de Raymond Massey. O filme conta, ainda, com as participações e esforços meritórios de Peter Lorre e John Alexander. A nível técnico, o filme é razoavelmente discreto e aposta na eficácia. O cenário – a casa onde tudo acontece – é o elemento mais marcante e que chama a nossa atenção. Ao que parece, foi inteiramente feita nos estúdios e era um cenário colossal, enorme. Os figurinos também são bons e a cinematografia é bastante agradável e bem executada.