…E o Vento Levou
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…E o Vento Levou (1939)

15/12/1939 Drama, Guerra, Romance 3h 58min

79%

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O Maior Romance de Todos os Tempos

Sinopse

Scarlett O'Hara é uma jovem mimada que consegue tudo o que quer. No entanto, algo falta em sua vida: o amor de Ashley Wilkes, um nobre sulista que deve se casar com a sua prima Melanie. Tudo muda quando a Guerra Civil americana explode e Scarlett precisa lutar para sobreviver e manter a fazenda da família.

David O. Selznick

Produtor

Victor Fleming

Diretor
Críticas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 23 de Fevereiro de 2018

**Para mim, o melhor filme de todos os tempos.** Há filmes cuja qualidade é tal que deveríamos vê-los com um carinho e uma atenção especiais. Este filme, talvez o mais belo e notável da história do cinema, imortalizou os actores que lhe deram vida e já faz parte da memória de várias gerações. Dirigido por Victor Fleming e produzido por David O. Selznick, este filme tem roteiro baseado num romance de Margaret Mitchell. A sua história é tão conhecida que é difícil fazer "spoil": Scarlett é uma menina do Sul, rica, mimada e caprichosa, que gosta de festas e namoricos com vários pretendentes. Em circunstâncias normais, a grande preocupação dela seria fazer um bom casamento e ela há muito que tem um amor mais ou menos secreto por Ashley Wilkes, o dono da plantação ao lado da do seu pai, Tara. Mas ele está comprometido com uma prima, Melanie, o que lhe desperta gigantescos ciúmes. Nisto, explode a Guerra Civil Americana, conflito onde a vida que Scarlett sempre conheceu irá desaparecer para sempre, levada pelo vento da História. Assim, ela acaba por se associar a Rhett Butler, um capitalista de muito má reputação, que passa a vida em bordéis mas depressa se apaixona pela jovem. Um dos triângulos amorosos mais famosos de sempre, conta com Vivien Leigh e Clark Gable nos papéis principais. Este filme é provavelmente um dos mais notáveis ​​da Um filme que . Ganhou oito Óscares, nomeadamente Melhor Filme, Melhor Edição, Melhor Direcção de Arte, Melhor Fotografia a Cores, Melhor Argumento, Melhor Director, Melhor Actriz Principal, Melhor Actriz Secundária (pela primeira vez concedido a uma actriz negra) e duas estatuetas especiais para R.D. Musgrave e William Cameron Menzies, por proezas técnicas. Foi ainda nomeado para mais cinco, num palmarés de prémios que por certo é feliz espelho da enormíssima qualidade de todo o trabalho aqui desenvolvido. Vivien Leigh tornou-se com este filme uma lenda do cinema. Longe de ser a donzela em perigo, a personagem resolve problemas e enfrenta dificuldades com tenacidade e força de vontade. É, sem dúvida, uma das personagens femininas mais fortes do cinema clássico e combina de uma forma perfeita com a dureza e truculência do Capitão Butler, interpretado por Gable, um dos maiores galãs que o cinema já conheceu, famoso pelos muitos romances que foi tendo com as mais belas actrizes em Hollywood. Na verdade, quando este filme estava em filmagens, as vozes mais maliciosas envolveram-se em conjecturas quanto a uma paixão entre Gable e Vivien, mas a verdade era muito mais engraçada: os dois actores detestavam-se ao ponto de Leigh criticar Gable por causa do seu mau hálito e o actor, ao invés de se perfumar, ter o prazer de comer cebolas antes das cenas em que teriam de contracenar. E apesar de Gable ter detestado fazer este filme, tornou-se imortalmente famoso em grande parte devido a ele. Uma outra grande actriz, Olivia de Havilland, brilhou no papel da doce e amável Melanie Wilkes, casada com Ashley, interpretado por Leslie Howard. Tentar analisar os aspectos técnicos deste filme é muito impressionante e mostra a arte que há aqui. Centenas de figurantes, milhares de cavalos e figurinos projectados para recriar a aparência histórica. As cenas no campo são fabulosas e algumas das cenas de guerra são comoventes e tocantes, como as cenas onde Scarlett ajuda no hospital militar ou aquela famosa cena do juramento de Scarlett. Uma das sequências mais famosas é o incêndio de Atlanta, onde foi usado fogo real, tornando as cenas mais realistas e verdadeiramente antológicas. As cores brilhantes tornaram o filme ainda mais bonito, do ponto de vista visual, e a banda sonora, da autoria de Max Steiner, é excepcional. O tema principal fica logo no ouvido, tornando-se uma das canções mais famosas do cinema. Por todas estas razões, este filme ganhou uma enorme popularidade e é, hoje, dos mais lucrativos e populares de todos os tempos. Para mim, é também o melhor filme de todos os tempos, apesar dos muitos outros grandes filmes que se seguiram, ao longo das décadas.