De Volta para o Futuro II
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De Volta para o Futuro II (1989)

22/11/1989 Aventura, Comédia, Ficção científica 1h 48min

78%

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Estradas? Para onde vamos, não precisamos de estradas!

Sinopse

Uma despretensiosa visita de McFly e Doc ao ano de 2015 revela alguns problemas com a futura família de McFly. Mas quando os dois voltam para casa, logo descobrem que alguém alterou a linha temporal e criou uma terrível Hill Valley em 1985. A única esperança é poder voltar de novo para o ano de 1995 e salvar o futuro.

Bob Gale

Produtor, Roteirista

Robert Zemeckis

Diretor

Neil Canton

Produtor

Kathleen Kennedy

Produtor Executivo

Frank Marshall

Produtor Executivo

Steven Spielberg

Produtor Executivo
Críticas dos Especialistas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 18 de Novembro de 2019

**Uma continuação honrosa e com muita qualidade.** Estamos perante o segundo filme daquela que foi uma das trilogias mais notáveis da década de Oitenta. No primeiro filme, Marty McFly e "Doc" Emmett Brown viajaram até aos anos 50, até aos anos de namoro dos pais de Marty, usando uma máquina do tempo construída a partir de um DeLorean. Agora, a dupla vai precisar de ir até ao futuro, em 2015, para impedir que os filhos de Marty e Jenniffer se transformem em delinquentes e arrastem para o fundo do poço toda a família. Porém, no meio de tudo, terão ainda de impedir o pérfido Biff Tannen de fazer fortuna às custas de informações privilegiadas acerca de resultados desportivos futuros. Para corrigir o futuro e salvar o presente, assim, será preciso intervir no passado, e voltar a 1955. O filme é claramente a continuação do seu antecessor e tem ligação directa com ele. A mistura de sci fi e comédia continua a ter êxito mas não impede a sensação de que este filme é, na sua essência, mais do mesmo que vimos antes. Se esquecermos aquela breve incursão ao futuro (que para mim é já um passado distante, visto que escrevo este texto uns anos após 2015), o filme não traz nada de verdadeiramente novo. De qualquer modo, tem a sua piada ver a forma como, na década de Oitenta, alguém imaginou o nosso tempo. Carros voadores? Se eles soubessem que estamos mais preocupados em tornar os carros mais ecológicos do que em fazê-los voar... Mas claro, aqui nada deve ser levado demasiado a sério. Por falar em ecologia, o filme sugere, numa dada cena, que o DeLorean substituiu o uso de plutónio por restos orgânicos e lixo, talvez com recurso a um tipo original de compostor. Curioso verificar isso. Há pouco para dizer acerca da direcção de Robert Zemeckis, ou mesmo sobre o elenco, que já não tenha sido dito ou observado no filme anterior. Michael J. Fox e Christopher Lloyd continuam a dominar o filme, o que será uma constante ao longo de toda a trilogia. Neste filme, contudo, ganham força e peso as participações de Thomas F. Wilson, um excelente vilão, e Elisabeth Shue que, apesar da preponderância ganha, ainda acaba sendo relativamente posta de lado durante boa parte do filme, ficando literalmente a dormir. Os efeitos especiais, visuais e de som são parte indissociavel e importante de qualquer filme sci-fi e, aqui, eles funcionam bastante bem. Achei que o futuro era bastante interessante, com carros ultra-modernos e algumas ideias meio loucas, mas como disse não é algo que devamos levar a sério demais. Também me pareceu interessante ver o mesmo actor a interpretar duas versões de si mesmo, apesar de ser evidente a maneira como tal foi conseguido, dividindo a tela. É compreensível porque o filme, como toda a trilogia, se tornou tão popular. Apesar de ser mais fraco que o primeiro filme, manteve bem as características e honrou o seu antecessor, deixando já sinais claros de uma continuação. A trilogia, como um todo, envelheceu muito bem e ainda tem classe, charme e estilo, o que não pode ser dito de todos os filmes feitos na década de Oitenta.

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