Conta Comigo
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Conta Comigo (1986)

08/08/1986 Crime, Drama 1h 29min

79%

Avaliação dos usuários

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Para alguns, é o último gosto real da inocência e o primeiro gosto real da vida.

Sinopse

Em uma pequena cidade do Oregon, quatro amigos - o sensível Gordie, o durão Chris, o destemido Teddy e o acovardado Vern - resolvem sair à procura do cadáver de um adolescente desaparecido, que foi atropelado por um trem. O objetivo dos garotos é o de ser vistos como heróis diante dos amigos e dos moradores da cidade. Assim, eles partem numa inesquecível viagem de dois dias que se transforma em uma odisseia de autodescoberta e que evolui para um evento marcante em suas vidas.

Raynold Gideon

Roteirista, Produtor

Bruce A. Evans

Roteirista, Produtor

Andrew Scheinman

Produtor
Críticas dos Especialistas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 12 de Março de 2024

**Um bom filme sobre o valor da amizade e do companheirismo.** Este é um daqueles filmes que se torna adorável não só pelo que nos mostra e conta, como também pelas memórias afectivas que nos desperta, ou ainda pelas mensagens que traz e que vai explanando na sua narrativa. O valor das amizades é um tema mais do que comum em cinema, mas talvez este seja um dos filmes mais paradigmáticos e memoráveis quando o assunto é precisamente esse. Baseada muito consistentemente num livro de Stephen King, a trama é simples: quatro jovens amigos juntam-se para encontrar o cadáver de um rapaz que desapareceu, e partem numa longa jornada a pé que os levará a passar por uma série de obstáculos e dificuldades, e que colocará à prova a amizade e união do grupo. O assunto em si acaba por ser bastante irrelevante, ninguém se importa com o rapaz morto. O que importa é a jornada dos quatro rapazes e a forma como se desembaraçam nas dificuldades, esquecendo as diferenças e o que eventualmente os separa. Cada um deles tem a sua história triste: lares desagregados, famílias com pouca estrutura, violência doméstica, perdas familiares dramáticas (um pai, um irmão mais velho…). Enfim, nenhum deles é o menino nascido em berço de ouro ou em família bem posicionada. E o filme explora isso muito bem, com diálogos inspirados e situações absolutamente críveis e bem concebidas. Rob Reiner é um director muito eficaz e que sabe muito bem o que quer. Um dos pontos em que ele mais brilhou foi na escolha dos locais de filmagem, na concepção dos cenários e na reconstituição da época (o filme decorre no fim dos anos 50, no apogeu do “sonho americano” do pós-guerra): o director consegue realmente transportar-nos ao passado e a lugares magnificamente concebidos e credíveis. Outro ponto que valorizou foi a escolha dos actores para as quatro personagens principais. Além de se encaixarem perfeitamente em termos de idade e compleição física, Corey Feldman, Jerry O’Connell, River Phoenix e Wil Wheaton são muito talentosos e fazem o melhor com as suas personagens e o seu material. Sem o esforço destes quatro jovens, o filme não teria a força que tem. A nível técnico, o filme destaca-se pela boa cinematografia, pelos cenários, figurinos e os adereços que já mencionei mais acima, pela escolha de automóveis da época e ainda por uma excelente banda sonora, onde pontificam algumas melodias icónicas da época.

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