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Cães de Aluguel (1992)
81%
Avaliação dos usuários
Todo cão tem seus dias
Sinopse
Monte Hellman
Produtor ExecutivoMaria Semple
ProdutorJenji Kohan
ProdutorJeffrey Lane
Produtor ExecutivoLarry Charles
Produtor ExecutivoEileen Conn
ProdutorFilipe Manuel Neto
Escrita em 28 de Maio de 2020**Excelente, conta uma boa história com o mínimo de estilização.** Vou começar esta resenha por fazer uma advertência que faço sempre que me dedico a um filme dirigido por Quentin Tarantino: eu não sou um admirador deste director. Pelo contrário. Até sou bastante crítico em relação ao seu trabalho. Nem Jesus Cristo agradou a todos, não é? Porém, da longa lista de trabalhos deste cineasta este filme é um dos que mais me agradou ver, devo confessar. O filme é baseado na tentativa fracassada de assalto a uma joalharia para roubar uma carga de diamantes. A quadrilha de ladrões é altamente profissional e foi contratada por um chefe que é superior a todos. O grau de profissionalismo e empenho dos ladrões chega ao ponto de nem saberem os nomes uns dos outros, comunicando por alcunhas criadas para o efeito. Porém, o fracasso do assalto revelou que um dos elementos é, na verdade, um informador da Polícia. O que resta é descobrir qual dos elementos sobreviventes é o informador. Alguns dizem que este filme é muito violento. Sinceramente, não concordo. Há filmes que aí circulam e que conseguem ser muito mais duros de ver do que este, e estou a pensar por exemplo nas longas listas de filmes de terror gore (“Hostel”, “Saw”) ou de violência gratuita. Seja como for, é um filme para adultos, em que Tarantino mostra que é muito bom quando não sacrifica tudo o que faz um filme funcionar em favor do visual, do estilo e da técnica. Soberbamente bem feito e bem escrito, conta uma história com lógica e coerência. O elenco é excelente, e conjuga vários nomes sonantes como Harvey Keitel, Tim Roth, Michael Madsen, Chris Penn, Steve Buscemi, Lawrence Tierney e o próprio Tarantino. Eu pessoalmente destacaria pela qualidade as performances de Keitel, Buscemi, Roth e, acima de todos, Tierney. Tecnicamente, é um filme discreto, que quase destoa se olharmos para os filmes estilizados e muito visuais de Tarantino. Talvez isso se deva ao mero facto de este filme ter sido o primeiro grande trabalho da carreira do director. Barato de produzir, como convém a um filme feito por fora dos grandes estúdios, tudo se passa num grupo restrito de cenários e há poucas cenas de exteriores ou efeitos, sendo um filme baseado em diálogos e nas relações inter-pessoais das várias personagens. Até o sangue parecia falso, na verdade. Este filme é a prova de que não é necessário abusar da estilização no cinema para fazer bons filmes. Basta ter bons actores, saber dirigi-los e contar uma boa história.
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