Butch Cassidy
No ar Assista Agora

Butch Cassidy (1969)

23/09/1969 Aventura, Faroeste 1h 51min

76%

Avaliação dos usuários

Escrever uma Crítica

Não que isso importe, mas a maior parte é verdade.

Sinopse

Dois amigos inseparáveis, Butch Cassidy e Sundance Kid, lideram o Bando do Buraco na Parede e vivem de assaltar trens e bancos. Quando são caçados por todo o país resolvem ir para a Bolívia e juntamente com Etta, a namorada de Sundance, rumam para a América do Sul. Mas esta decisão não lhes proporcionará grandes assaltos ou uma vida mais tranqüila.

George Roy Hill

Diretor

John Foreman

Produtor

Paul Monash

Produtor Executivo

William Goldman

Roteirista
Críticas dos Especialistas
Rosana Botafogo

Rosana Botafogo

Escrita em 10 de Agosto de 2024

At a time when humor was not common in Western films, this one won me over, even its soundtrack is delightfully funny, with a modern and contemporary aura... And the eternal magic of transforming criminals, murderers and thieves into national heroes, with great sympathy and 'honesty'. The two handsome protagonists and the beautiful Kath Ross (enigmatic ending) have perfect chemistry, a lean script that does not let it become boring, everything is well produced, it has aged elegantly... Numa época em que o humor não era comum nos filmes de faroeste, esse me conquistou simpaticamente, até a trilha sonora dele e gotosamente divertida, com uma áurea moderna e contemporânea… E a eterna magia de transformar mal feitores, assassinos e ladrões em herói nacional, com muita simpatia e ''honestidade''. Os dois belos protagonistas e a linda Kath Ross (desfecho enigmático) química perfeita, roteiro enxuto, que não o deixa cair no enfadonho, tudo bem produzido, envelheceu elegantemente…

Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 9 de Abril de 2024

**Único dentro do género ‘western’, entendemos melhor este filme à luz da época em que foi feito.** Butch Cassidy, Sundance Kid e o gangue de Hole in the Wall fazem parte da “Galeria da Fama” dos grandes bandoleiros e salteadores do Velho Oeste. Eles fizeram um percurso criminal longo, variado e violento, com espectaculares assaltos a comboios, diligências e bancos antes de se mudarem para a América do Sul, onde gastaram o dinheiro todo e logo voltaram aos velhos hábitos. Foram perseguidos pelas autoridades da Argentina, do Chile e da Bolívia, onde aparentemente encontraram a morte às mãos de uma força da lei. E eu digo “aparentemente” porque, de facto, há diversas teorias que dizem que os dois ladrões, de algum modo, sobreviveram e que podem ter retornado ao solo norte-americano sob a capa de novas identidades. As verdadeiras lendas são assim, são difíceis de matar e, até na morte, encontram maneira de sobreviver e perdurar no nosso imaginário. Dirigido por George Roy Hill e escrito por William Goldman, o filme é bastante bom e está muito bem feito, tentando seguir o percurso dos dois assaltantes. Todavia, está bem longe de ser um retracto fiel dos factos, dando-nos em vez disso uma história simpática para com os ladrões e sem o patriotismo enfunado dos filmes ‘western’. É preciso considerar que o filme foi feito e lançado em 1969, em meio às contestações sociais que ocorreram em virtude da Revolução Sexual e da contestação aos valores e conceitos convencionais da sociedade e, também, à participação dos EUA na guerra do Vietname. Numa época de crítica social e política, em que muitos se sentiam envergonhados pelas atitudes dos EUA e do seu governo, o filme transforma cada assalto de Cassidy e Kid num acto de rebeldia, de luta contra o 'establishment', de desobediência e contestação às autoridades. Claro, é uma forma de ver as coisas que nunca passou pela cabeça dos bandidos e ignora questões éticas e morais em torno de uma eventual glorificação do crime, além de esquecer as vidas inocentes que Cassidy e Kid foram ceifando. O director Hill fez um trabalho muito elegante, principalmente ao nível da cinematografia e do tratamento da imagem. Observem-se os créditos iniciais, ou a sequência de abertura em sépia, e a maneira como a cor é introduzida gradualmente durante uma cavalgada. Os cenários, os adereços e os figurinos também são muito bons, apesar de eu ter dúvidas em torno do rigor histórico com que foram pensados. Há cenas que não consigo entender de outra maneira a não ser como piscadelas deliberadas aos ‘hippies’, sendo a mais óbvia de todas aquela cena da bicicleta, ao som da sugestiva melodia “Raindrops Keep Falling on My Head”. E convenhamos, há mais momentos cómicos do que propriamente acção. Para mim, a maior razão para ver este filme, hoje aparentemente tão bizarro, é a actuação impecável de Paul Newman e de Robert Redford, dois grandes actores que conhecemos bem e cujo talento é reconhecido por todos. Este não é um dos melhores que um ou outro protagonizaram, cada um deles fez trabalhos melhores, antes e depois, sejam eles cómicos ou dramáticos. Porém, a maneira como Newman e Redford contracenam e interpretam é o grande ponto forte do filme. É notável a parceria dos dois actores, e a maneira como se desembaraçam de cada desafio. O filme conta, ainda, com um bom trabalho de Katharine Ross, que estava a vivenciar o auge da sua carreira artística.

Críticas dos Usuários

5000 Caracteres Restantes.