Batman
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Batman (1989)

21/06/1989 Ação, Crime, Fantasia 2h 6min

72%

Avaliação dos usuários

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A justiça é sempre mais escura antes do amanhecer

Sinopse

Em Gotham City o milionário Bruce Wayne, que quando jovem teve os pais assassinados por bandidos, resolve combater o crime como Batman, o Homem-Morcego. Mas chega o dia em que o vilão Coringa decide dominar a cidade e se torna um grande desafio para o super-herói.

Críticas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 18 de Fevereiro de 2018

**Uma mistura insossa entre cinema e banda-desenhada.** Tim Burton é um daqueles directores que é especialista em passar de bestial a besta de vez em quando. Com uma trajectória oscilante, tanto nos deu filmes tão bons e icónicos como "Eduardo Mãos-de-Tesoura" quanto nos deu filmes deploráveis... como este! Este filme é a adaptação cinematográfica da banda desenhada em que Batman nasceu, pelo que o roteiro é basicamente o que você já sabe: numa cidade distópica chamada Gotham City (curiosamente, quando lido, soa igual a "Goddamn City", que quer dizer Cidade Maldita), um vingador misterioso ergue-se para combater o crime quando mais ninguém é capaz de o fazer. O elenco conta com as participações de Michael Keaton e Jack Nicholson, entre outros. Mas neste filme os actores não estiveram bem. Keaton, por exemplo, é exageradamente teatral na maioria das cenas. Outros actores, como Jack Nicholson, simplesmente não conseguiram adaptar-se à maneira sui generis como Tim Burton queria as suas personagens. Ainda assim, o actor que melhor trabalhou foi realmente Nicholson. Sinceramente, após ver este filme fiquei com a sensação de que Burton não percebe nada de banda-desenhada ou, pelo menos, que não é capaz de adaptar ao cinema uma banda-desenhada de forma capaz e competente. Adaptar não significa copiar e colar a cuspo uma coisa na outra. Mas é isso que ele faz, tendo por resultado um filme com um visual muito estilizado, desagradável e irrealista, uma fotografia muito escura, um guarda-roupa pouco realista e cenários dignos de uma miragem orwelliana. Tudo acaba por remeter para a banda-desenhada, e Burton não entende que quem vai ao cinema espera algo mais realista do que isso. Se eu gosto de banda-desenhada, vou a um quiosque e compro-a. Não preciso do cinema para nada!