Até o Último Homem
No ar Assista Agora
No ar Assista Agora
No ar Assista Agora

Até o Último Homem (2016)

07/10/2016 Drama, Guerra, História 2h 20min

82%

Avaliação dos usuários

play Reproduzir trailer
Escrever uma Crítica

Um dos maiores heróis da história americana nunca disparou uma bala.

Sinopse

Desmond T. Doss, foi o médico do Exército Americano da Segunda Guerra Mundial, que serviu durante a Batalha de Okinawa, se recusando a matar pessoas, tornando-se o primeiro homem da história americana a receber a Medalha de Honra sem disparar um tiro.

Bruce Davey

Produtor

Brian Oliver

Produtor

William D. Johnson

Produtor

Paul Currie

Produtor

Bill Mechanic

Produtor

Terry Benedict

Produtor

David Permut

Produtor
Críticas dos Especialistas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 8 de Setembro de 2022

**Um filme realmente muito bom, que só perde em alguns detalhes.** Este não foi o primeiro filme de guerra dirigido por Mel Gibson. Ele já anteriormente fizera pelo menos um filme com temas militares, _Fomos Soldados_, ambientado no Vietname. Porém, é um filme que aborda temas muito mais humanos e intimistas, na minha opinião, ao acompanhar a família Doss, uma família da Virgínia rural, e a trajectória de um dos seus filhos, Desmond. Filho de uma mãe extraordinariamente devota, criado como adventista, Desmond aprende ainda em criança a renegar a violência (o filme mostra uma briga entre irmãos que poderia ter acabado muito mal, mas na vida real foi uma briga entre o pai de Desmond e o cunhado dele) e a seguir estritamente a sua fé e as regras da sua religião. Quando os EUA se juntam aos Aliados na Segunda Guerra Mundial, os dois irmãos resolvem alistar-se, mas Desmond faz questão de o fazer nos seus próprios termos, isto é, como socorrista de combate, dispensado do uso e porte de qualquer arma. Claro, os militares americanos não vão encarar isso da melhor forma. O filme expõe-se de modo algo demorado e capta muito bem a nossa simpatia, mas apesar de muitas pessoas se queixarem de que a primeira parte do filme é lenta e cansativa, senti mais isso nas prolongadas cenas de combate, apesar de compreender o que levou Gibson a detalhá-las tão exaustivamente. Ainda assim, é necessário que sejamos francos: são excelentes cenas de batalha, com detalhes ricos e um grau de crueza muito acentuado. Infelizmente, os diálogos não são muito bons, soam um pouco cliché, e é irritante ver isso num filme com tantas qualidades. O filme também faz esforços para criar um sub-enredo romântico em torno da primeira mulher de Desmond, mas as coisas não correm bem, e o material é francamente pobre. Em geral, Gibson dá-nos um bom trabalho de direcção, ainda que isso não seja surpresa para o observador mais atento. Ele já conta com uma série de êxitos de bilheteira no seu palmarés e, em conjunto com Clint Eastwood e Bradley Cooper, é um dos actores que mais gosto de ver na cadeira de direcção. Nunca considerei muito o valor de nenhum dos actores envolvidos neste projecto. Alguns, eu simplesmente nem conheço muito bem. Andrew Garfield é um exemplo: eu vi-o noutros trabalhos, mas o actor nunca me convenceu totalmente, pelo que fiquei muito bem impressionado com o trabalho dele aqui. Sam Worthington também me deixou muito bem impressionado, ainda que seja um actor que eu reconheço mais facilmente e que já vi trabalhar bem noutros filmes. Hugo Weaving é excelente e Vince Vaughn também merece um louvor. Só Teresa Palmer é que parece ter mais dificuldade em desembaraçar-se do trabalho em mãos, talvez devido ao material fraco recebido. Tecnicamente, o filme tem muitas coisas boas para observarmos com atenção, começando pela forma razoavelmente rigorosa com que Gibson procura reencenar os combates e o ambiente da guerra, no campo de recruta e, logo depois, no terreno de operações. Ao contrário de diversos filmes do seu passado, onde o director atropelou a verdade histórica, ele parece fazer esforços sinceros para a respeitar aqui. Os efeitos visuais e especiais são realmente muito bons, e o CGI utilizado é verdadeiramente excelente e dá ao filme um realismo notável, principalmente nas cenas de combate. Os cenários são interessantes e os figurinos também. Gostei especialmente da farda antiga que Weaving enverga numa breve cena, dada a diferença com os uniformes em uso na época. A cinematografia aproveita tudo isto e mais um pouco, e a câmara movimenta-se de modo inteligente, colocando-nos no combate, levando-nos a sofrer com aqueles soldados, e a sentir o que eles sentiam, o que a banda sonora de Gregson-Williams acentua mais ainda.

Críticas dos Usuários

5000 Caracteres Restantes.