Amor à Queima-Roupa
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Amor à Queima-Roupa (1993)

09/09/1993 Ação, Crime, Romance 2h 1min

75%

Avaliação dos usuários

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Roubar, trapacear, matar. Quem disse que o romance estava morto?

Sinopse

Clarence é aficionado por Elvis Presley e histórias em quadrinhos. Ele se envolve com Alabama, uma prostituta contratada pelo chefe de Clarence como presente de aniversário. Os dois se apaixonam e se casam, mas a tentativa de Clarence em tirar Alabama das ruas acaba fazendo com que o casal termine de posse de uma mala cheia de cocaína que pertence à máfia.

Quentin Tarantino

Roteirista, Escritor

Harvey Weinstein

Produtor Executivo

Roger Avary

Roteirista

Bill Unger

Produtor

Tony Scott

Diretor

Samuel Hadida

Produtor

Steve Perry

Produtor
Críticas dos Especialistas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 13 de Setembro de 2023

**Um filme onde o amor é inacreditável, as personagens são inverosímeis e as cenas de acção são brutais e bastante intensas.** Este é um daqueles filmes que não convém ver com a família ao lado: é um filme cheio de cenas violentas, diálogo chulo e carregado de palavrões, várias cenas de sexo, entre outras características pesadas. A história também não é propriamente simpática: durante o seu aniversário, um homem aparentemente comum conhece uma sedutora mulher e os dois envolvem-se muito. Ficamos a saber que ela é prostituta e foi contratada para ficar com ele naquela noite. Eles decidem fugir, mas são obrigados a matar o chulo que usava aquela rapariga, e levam com eles uma mala carregadinha de cocaína pura. Para mim, o maior problema do filme nem foi a violência (Tarantino usa-a regularmente e é considerado genial), mas sim a inverosimilhança da história: eu não acreditaria no amor à primeira vista de uma prostituta, acho a ideia implausível, e o mesmo se pode dizer da ideia de um rapaz franzino, com uma vida perfeitamente ordinária, se tornar em poucas horas num assassino brutal e traficante de drogas em potência. São coisas que não encaixam, mas que o filme aproveita para criar uma espécie de “Romeu e Julieta Bang Bang”. No elenco há vários nomes conhecidos. Para mim, o melhor desempenho veio das mãos de Gary Oldman, que é extraordinariamente bom no papel de um chulo violento. Tenho pena que a sua participação tenha sido tão breve. Patricia Arquette é ‘sexy’ quando está quase nua, e isso foi aproveitado ao máximo. Como actriz, ela fez o que podia, mas teve direito a um material tão mau e a uma personagem tão inacreditável que não podia fazer muito. Por sua vez, Christian Slater não é um bom actor, eu pelo menos acho que ele se perdeu muito após “O Nome da Rosa”. Aqui, ele mantém mais ou menos o registo que apresentou em “Heathers”, mas sem um roteiro tão inteligente para se alicerçar. O actor fez o trabalho que era possível com um material mau e uma personagem muito má. Chris Walken é bom no papel do grande vilão: ele sabe ser frio e parecer ameaçador. Val Kilmer e Brad Pitt fazem aparições breves, mas duvido que eles queiram relembrar este trabalho, onde estiveram muito longe do registo a que nos habituamos. Tecnicamente, o filme destaca-se pela avalanche de bons efeitos especiais que usou nas cenas de acção e de tiroteio, profundamente trabalhadas e estilizadas. Os fãs dos filmes de acção vão seguramente gostar disto, e a cena climática é digna de antologia. O resto acaba por não interessar verdadeiramente e não ter muita relevância.

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