Alien: Covenant
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Alien: Covenant (2017)

09/05/2017 Ficção científica, Terror, Thriller 2h 2min

62%

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O caminho para o paraíso começa no inferno.

Sinopse

Viajando pela galáxia, os tripulantes da nave colonizadora Covenant encontram um planeta remoto com ares de paraíso inexplorado. Encantados, eles acreditam na sorte e ignoram a realidade do local: uma terra sombria que guarda terríveis segredos e tem o sobrevivente David como habitante solitário.

Ridley Scott

Diretor, Produtor

Mark Huffam

Produtor

Dante Harper

Roteirista

Michael Schaefer

Produtor

David Giler

Produtor

Walter Hill

Produtor

John Logan

Roteirista
Críticas dos Especialistas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 21 de Abril de 2023

**Com pontos fortes ao nível visual e técnico, seria muito melhor com um roteiro mais desenvolvido e mais bem escrito.** Não sei se serei a única pessoa a dizer isto, mas penso que um filme de terror funciona melhor se virmos alguma inteligência no roteiro e nas atitudes das personagens, e se o antagonista principal for misterioso e capaz de nos surpreender. Gostei de “Prometheus”, um filme melhor do que o esperado, ainda que com um roteiro confuso. Este filme estabelece um elo mais claro e palpável entre esse filme e a franquia “Alien”. O roteiro acompanha a “Covenant”, uma nave colonizadora recheada de pessoas em hipersono. A nave recebe um sinal misterioso de um planeta que, tudo indica, tem excelentes condições para a vida, mas rapidamente se apercebe de que tropeçou num local onde nunca devia ter aterrado. Após ter visto o filme, fiquei com a sensação de que estamos diante de uma obra bastante sólida e que só perdeu quando foi comparada com a franquia original. Talvez a melhor forma de ser justo seja, realmente, evitar esse exercício comparativo, sedutor e quase impossível de não ser feito. Vamos começar pelas coisas boas? Muito bem! O filme é um colírio para os olhos, principalmente para os fãs do sci-fi e para quem gostar de filmes muito visuais e com altas doses de efeitos especiais, CGI ou cenários extraordinariamente detalhados. Não há dúvidas de que o orçamento teve uma fatia generosa reservada para os técnicos de computador, os designers de arte e figurino e para a cinematografia, e este investimento deu frutos excelentes. Tudo é acompanhado por uma excelente banda sonora e por bons efeitos de som. E claro, há imensas cenas tensas. É um daqueles filmes onde a tensão é permanente, mas que nunca chega, propriamente, a assustar-nos. Infelizmente, isso é basicamente tudo o que este filme tem de bom para nos oferecer. Os fãs da franquia Alien irão garantir que o filme esclarece diversos pontos cinzentos da narrativa doutros filmes, como “Prometheus”, e eu concordo com esse argumento, mas isso não me parece algo que devamos valorizar em excesso, porque realmente era o mínimo que se exigia deste filme! Ao nível de roteiro, é francamente decepcionante: além de ser preguiçoso, aproveitando ao máximo o que foi feito para os outros filmes com os quais se articula, acrescenta poucas coisas novas. Cria, sim, umas criaturas novas, “primas” do xenomorfo original, mas é só isso. As personagens humanas ou semi-humanas são parvas, desprovidas de desenvolvimento e parecem estar à espera de ser mortas. O filme começa muito bem, mas torna-se lento e cansativo à medida que se torna previsível. Tenho muita consideração pelos trabalhos de Ridley Scott, acho que é um director bastante habilidoso e com créditos firmados, mas é difícil não reconhecer que ele falhou aqui. O director deslumbrou-se com a quantidade de potencialidades do CGI e descurou a narrativa, a edição e a direcção dos actores. Entre os actores, é Michael Fassbender quem mais se destaca. O actor brindou-nos aqui com um dos melhores trabalhos até ao presente momento. Katherine Waterston também fez um trabalho muito bom. O resto do elenco não tem tempo ou material que lhes permita fazer alguma coisa especial.

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