Alice no País das Maravilhas
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Alice no País das Maravilhas (2010)

03/03/2010 Aventura, Família, Fantasia 1h 49min

66%

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Sinopse

A Alice de 19 anos de idade, que regressa ao excêntrico mundo que encontrou pela primeira vez quando era criança reunindo-se assim com os seus amigos de infância: o Coelho Branco, Tweedledee e Tweedledum, a Ratazana, a Lagarta, o Gato Cheshire, e claro, o Chapeleiro Louco. Alice embarca numa fantástica viagem para encontrar o seu verdadeiro destino e acabar com o reino de terror da Rainha Vermelha.

Tim Burton

Diretor

Chris Lebenzon

Produtor Executivo

Linda Woolverton

Roteirista

Katterli Frauenfelder

Produtor

Peter M. Tobyansen

Produtor Executivo

Joe Roth

Produtor

Suzanne Todd

Produtor
Críticas dos Especialistas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 23 de Fevereiro de 2018

**Péssimo roteiro, erros de casting e outros problemas.** Baseado no conto homónimo de Lewis Carroll, o filme conta a história de Alice, uma adolescente de dezanove anos que descobre, por acaso, a entrada de um mundo mágico chamado País das Maravilhas. Dirigido por Tim Burton, o filme possui um elenco vasto, onde podemos encontrar Mia Wasikowska, Johnny Depp, Helena Bonham Carter e Anne Hathaway, além das vozes de Michael Sheen, Stephen Fry, Alan Rickman e outros actores. A maioria das pessoas conhece, ainda que levemente, a história de "Alice no País das Maravilhas". Mas esta história supostamente ocorre vários anos após a primeira viagem a esse lugar, onde o absurdo é lei. Assim começa Tim Burton a cometer erros de principiante, imperdoáveis para um director com o seu currículo. O roteiro ignora completamente os acontecimentos da história original, e o livro de Carroll parece ter sido usado só para copiar ideias e personagens. Para piorar, não há lógica no modo como Alice se comporta no "nosso" mundo: perseguir um coelho gigante para fugir a uma festa onde você não quer estar é uma desculpa terrível a dar para alguém. Os actores contracenam com criaturas mágicas, mantendo uma performance regular mas pouco inspirada. Isto vale em especial para Mia Wasikowska, que foi uma pobre e má Alice. Morna e aborrecida, ela nunca mostra sentimentos de medo, choque ou surpresa de uma forma credível. Nota-se que é tudo falso. Acho que esta actriz foi um erro de casting e que Burton falhou novamente porque deveria ter visto os erros dela e procurado corrigi-la. As duas rainhas do filme (a Branca e a de Copas) são encarnadas, respectivamente, por Anne Hathaway e Helena Bonham Carter. As duas actrizes revelaram-se muito boas nos dois papéis, mas Hathaway podia ter sido melhor se tivesse tido mais tempo no filme para desenvolver a sua personagem. Por sua vez, Johnny Depp deu verdadeira vida ao Chapeleiro Louco. O actor é meio estranho na vida real e tem um talento inato para personagens esquisitas, tirando proveito disso sempre que pode. De alguma forma, ele conseguiu dar brilho ao filme, no entanto às vezes exagera nas palhaçadas e não sei se isso foi bom. O mais interessante deste filme são os aspectos de teor mais técnico. Os cenários, figurinos, caracterização, os efeitos visuais, sonoros e doses altas de bom CGI. É habitual encontrarmos, nos filmes deste director, esses elementos altamente desenvolvidos e maduros mas eu não sei porquê, nem se sou o único a sentir isso... sinto que Burton dá muita importância a estes aspectos nos seus filmes de há alguns anos a esta parte, e que isso o distrai de tudo o resto, como a direcção, a escolha dos actores ou, especialmente, a escrita de roteiros com qualidade. A computorização em massa não é suficiente para fazer um bom filme, embora o nome de um renomado director possa vender lixo muito bem e render alguns Óscares nas categorias técnicas (só este filme ganhou as estatuetas para Melhor Direcção de Arte, Melhores Efeitos Visuais e Melhor Caracterização). Espero que o Sr. Burton, antes de voltar a fazer um filme, passe algum tempo longe dos computadores, a desintoxicar-se da sua mania obsessiva por eles.

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