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A Mão que Balança o Berço (1992)
Sinopse
Filipe Manuel Neto
Escrita em 25 de Agosto de 2018**Bom, mas podia ser melhor.** Este filme é, talvez, dos mais famosos thriller dos anos oitenta. Começa com uma babysitter cheia de más intenções, que se integra no seio de uma família que ela pretende destruir lentamente, como uma cobra que sufoca a presa antes de matar. O problema é que o director (Curtis Hanson) e o argumentista não foram capazes de explorar o potencial inerente a tal problema. Há tanta coisa que podia ser melhor e mais intensa! Mas em vez de uma abordagem destemida preferiram apostar em clichés de suspense e o resultado é óbvio: o filme tem qualidade e cenas muito boas, mas é geralmente previsível e morno, nunca atingindo plenamente as nossas expectativas. O fim é exagerado e fora de lugar, quando comparado ao filme em si. Rebecca De Mornay é uma das razões para dar a este filme uma oportunidade: a actriz realmente se esforça e dá-nos uma personagem que equilibra a pura crueldade com a aparência mais angelical que poderíamos imaginar. Ela parece uma santa mas é capaz de fazer coisas que fazem o Diabo rir com satisfação, e essa dualidade torna-a muito atraente e sinistra. Annabella Sciorra é a típica dama em perigo e a personagem parece não ter sido tão feliz, talvez por ter sido considerada a antítese da personagem de De Mornay. Eu acho que essa estratégia não funcionou bem, já que a personagem de Sciorra é chata e vazia. Ernie Hudson parece óptimo, mas Julianne Moore e Matt McCoy têm personagens pequenos e não tiveram como mostrar talento.