A Casa dos 1000 Corpos

A Casa dos 1000 Corpos (2003)

11/04/2003 Terror 1h 29min

62%

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Sinopse

Na década de 70, dois casais estão fazendo uma viagem em busca de diversão. Ao parar em uma loja de horrores na beira de uma estrada, eles conhecem a história do Dr. Satan (Walter Phelan), um famoso médico que matava suas vítimas aos poucos. Dr. Satan foi preso e enforcado, mas nunca encontraram seu corpo. Animados com a história, os jovens decidem visitar a árvore onde Dr. Satan foi enforcado para tentar descobrir onde está seu corpo atualmente.

Andy Gould

Produtor

Guy Oseary

Produtor Executivo
Críticas dos Especialistas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 14 de Março de 2023

**Estilo, sangue, tripas e hard rock, sem qualquer roteiro decente para o sustentar.** Rob Zombie é devotou a sua vida à música e ao cinema de terror, mas até agora não vi um só filme dele que realmente valesse a pena. O estilo do director é aquele terror de muito baixo orçamento e sem qualidade que fez escola nos anos 70 e 80. Em abono da verdade, devo dizer que há aqui alguma coerência, se considerarmos o estilo musical dos projectos de Zombie. No entanto, é um filme que nos enoja, e que causa mais estranheza e repúdio do que receio. Neste filme, acompanhamos quatro adolescentes que tropeçam acidentalmente num vilarejo de gente anormal e acabam intrigados com uma lenda local sobre um médico louco que retalhava pessoas, foi executado e desapareceu, deixando em dúvida se teria realmente morrido. Claro, eles acabam por ir parar a uma casa de gente ainda mais louca, mórbida e disfuncional, que está por detrás de uma série interminável de crimes. Para os meus padrões, este filme é tão mau que não funciona nem como comédia. Não há um momento assustador, assentando num roteiro estranho, cheio de bizarrias e sem conteúdo. O filme mostra as influências do terror slash, com imenso gore, sangue a correr por toda a parte e corpos feitos em pedacinhos. Canibalismo, necrofilia, sadismo, se pensarmos numa depravação este filme vai provavelmente ter alguma cena associada ao que pensamos. Isso, por um lado, tem um ponto vantajoso: o filme é corajoso o bastante para o fazer, numa era em que os filmes de terror são tão suaves que até os menores de idade os podem ver. O elenco reúne uma série de actores que se notabilizaram, precisamente, no cinema slash: Sid Haig, Bill Moseley, Karen Black, Tom Towles, Dennis Fimple. Cada um deles fez o seu trabalho bem feito, são os actores certos para este tipo de material, estão perfeitamente a vontade a fazer isto. Porém, Haig e Moseley são particularmente eficazes e funcionam muito bem, roubando as atenções do público sempre que aparecem. Sheri Moon, uma actriz que tem certa relevância no filme, é contudo uma amadora, a namorada de Rob Zombie, que entrou no filme a pedido dele. O amor tem destas coisas, leva-nos a cometer loucuras. Infelizmente, e como é rotineiro nestes filmes, as vítimas adolescentes da carnificina são simplesmente carne que fala e com a qual não nos conseguimos importar por um minuto que seja. O filme tem um trabalho bastante competente de efeitos visuais, com litros de sangue falso e de outros efeitos destinados a tornar a matança realista e “divertida” o suficiente. Os cenários e figurinos também foram bastante bem pensados e criam um ambiente decadente, em que a ruralidade é distorcida e transformada num ambiente perfeito para um massacre de Noite das Bruxas. Isto é, o filme tem estilo, tem um visual extremamente trabalhado e complexo, mas só isso. Não nos apresenta conteúdo, substância que faça o filme valer a pena.

Críticas dos Usuários

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