Max
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A Casa de Cera (2005)
Prender, matar, mostrar!
Sinopse
Robert Zemeckis
ProdutorSteve Richards
Produtor ExecutivoJaume Collet-Serra
DiretorSusan Downey
ProdutorJoel Silver
ProdutorChad Hayes
RoteiristaCarey Hayes
RoteiristaFilipe Manuel Neto
Escrita em 23 de Agosto de 2020**Muito inferior ao seu antecessor mais antigo, mas ainda digno de ser visto e apreciado.** Este filme é um remake de um filme de terror da década de Cinquenta que, apesar da idade e de não ser tão vistoso visualmente, é mais interessante do ponto de vista da história que nos conta, que é bastante mais fraca e ordinária do que a do filme mais antigo. Apesar disso, este filme dá-nos mais ou menos aquilo que se propõe dar-nos e há uma série de momentos em que o filme, se não é capaz de assustar, pelo menos impressiona e faz alguma tensão agradável. O filme começa como um vulgar filme de adolescentes, com cinco jovens em viagem para ver uma disputa desportiva. Eles acampam durante a noite no meio de uma clareira mas logo se apercebem de que há pessoas nas imediações. De manhã, um problema num dos carros leva o grupo a pedir ajuda numa vila próxima, onde se impõe visualmente um grande museu de cera, a Casa de Cera, total e inteiramente feita em cera, do piso ao telhado, passando por todo o seu interior. A partir daqui, temos um filme slasher bastante semelhante a tantos outros, onde as personagens tentam fugir de um assassino que as vai matando uma após outra. Uma coisa que salta aos olhos é a quantidade de clichés. A começar pelas personagens (temos o casal que só pensa em sexo, o arruaceiro de bom coração, a menina simpática que salva o dia, o namorado idiota pensado para ser retalhado aos pedaços pelo vilão etc.) e prosseguindo até aos vilões, sendo um deles uma espécie de clone do Jason de *Sexta-Feira Treze*. O clímax do filme é um pouco previsível, no entanto faz um bom aproveitamento do incêndio do filme dos anos Cinquenta. Creio que o elenco fez o melhor que poderia com o material que recebeu. Não é brilhante e não há aqui grandes actores que nos possam brindar com interpretações inspiradas. Muito pelo contrário, é um elenco de desconhecidos. Mesmo assim, destacaria a boa performance de Chad Michael Murray e de Elisha Cuthbert, ambos muito convincentes e hábeis na tarefa de dar às suas personagens um carisma e simpatia que prenda a atenção do público. Paris Hilton, famosa pelas piores e mais desinteressantes razões, aparece aqui como actriz, coisa que não é e nunca vai ser, por muitos milhões de dólares que possua. A prova é este filme, onde ela não faz nada mais além de sexo, surgir seminua e morrer. Aliás, a maioria do elenco está ali para ser chacinada, como habitualmente. Brian Van Holt é o rosto do mal neste filme e foi capaz de, verdadeiramente, provocar arrepios com o seu desempenho cínico e brutal. Tecnicamente, é um filme regular, onde os cenários sobressaem pela excelente qualidade, em particular o museu de cera, como é evidente, mas também a igreja e a casa do vilão, rica em detalhes. A cinematografia é boa, mas não surpreendente, e a iluminação foi muito bem feita e bem utilizada para amplificar a tensão e criar o ambiente de suspense necessário para fazer o filme funcionar. As mortes das personagens são bastante gráficas e isso pode agradar aos fãs do gore. A caracterização e maquilhagem, em particular da personagem Vincent, foi muito bem feita e é mais um elemento aproveitado do filme dos anos Cinquenta. Menos notável é a banda sonora, bastante branda.