A Bruma Assassina (1980)

Filipe Manuel Neto

Escrita em 12 de Maio de 2018

**Memorável.** Esta série de televisão inesquecível, que durou quase vinte anos, é uma das minhas favoritas e uma das melhores séries de TV de todos os tempos, na minha opinião. Meticulosamente, adaptou todos os contos e romances em que Agatha Christie incluiu a sua personagem mais famosa: o infalível detective belga Hercule Poirot. Há certamente mérito nesta personagem que, sem dúvida, contribuiu para o sucesso e reconhecimento da sua criadora, uma dos mais célebres, lidas e traduzidas autoras da ficção policial. Portanto, esta série acaba por ser uma merecida homenagem à criadora e à criação. Temos que nos levantar e aplaudir o talento de David Suchet. Eu acho que é consensual dizer que ele foi o actor que melhor conseguiu dar vida ao detective belga, famoso pelas manias em relação à limpeza, ordem, arranjo e refinamento. Ele foi Poirot, tornou-se na personagem. E acho que, para um actor, é provavelmente a maior conquista possível, redundâncias à parte. Também gostei das contribuições de Hugh Fraser (como Capitão Hastings), Pauline Moran (como Miss Lemon) e Phillip Jackson (como Inspector-Chefe Japp). Cada um contribuiu da melhor maneira para o sucesso da série. Cada episódio adapta uma longa história ou conto da autora. Os roteiros são óptimos, o clima de mistério é muito agradável. A atenção aos detalhes, os trajes quase perfeitos, os cenários de época e a banda sonora impecável ajudaram a tornar a série memorável.

Filipe Manuel Neto

Escrita em 4 de Março de 2018

**Um clássico** Neste filme, uma pequena aldeia é abalada por uma neblina branca misteriosa e espessa, aparentemente não natural. Rapidamente, as pessoas percebem que algo mortal se esconde no nevoeiro e terão que pagar pelos erros de um passado que eles procuram celebrar. Dirigido e escrito por John Carpenter, é baseado num romance de Stephen King. O elenco é liderado por Adrienne Barbeau, Jamie Lee Curtis e Hal Holbrook. Este filme é o terror leve tradicional dos anos Oitenta. Sem derramar uma gota de sangue falso, pode fazer o público agarrar-se à tela do início ao fim através de uma história misteriosa, tensa e assustadora. Neste filme, o tema é o passado e os erros que uma comunidade cometeu. O roteiro, simples, mas eficiente, funciona bem. Os actores também estavam bem nos seus papéis, especialmente Hal Holbrook, no papel do padre local, um dos primeiros a perceber o que está a passar-se. O filme nunca explica que as criaturas no nevoeiro são fantasmas ou mortos-vivos apesar de a aparência parecer indicar uma destas opções. Este não é um filme visualmente impressionante mas as pessoas mais sensíveis devem evitá-lo porque suscita algum desconforto, por situações e circunstâncias e não por sangue ou violência, algo que dificilmente mostra. A tensão dramática aumenta ao longo do filme. Os efeitos especiais, visuais e sonoros são muito interessantes, provavelmente o melhor do tempo.

Lucas Dominic

Escrita em 22 de Fevereiro de 2022

Mais um do Carpenter. Acho incrível como esse diretor consegue de verdade criar todo um clima, com pouco tempo de filme e dá uma resolução super satisfatória. o filme em tradução livre, significa O Nevoeiro, e as traduções Brasileiras amam fazer essas traduções que não faz muito sentido, mas tudo bem, de filmes chamado Nevoeiro, já tem uma dúzia. Aqui temos a junção de uma lenda, com maldição, cidade pequena, e um nevoeiro traiçoeiro. A história é simples, mas funciona. A trilha sonora como sempre, te deixa mais tenso e as atuações na medida. fico imaginando esse filme para uma galera que vive em uma cidade litorânea como a do filme, o medo bateu, com toda certeza. Carpenter continua sendo meu diretor de horror favorito, o cara consegue ser incrível em tudo que faz.