Taxi Driver: Motorista de Táxi
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Taxi Driver: Motorista de Táxi (1976)

09/02/1976 Crime, Drama 1h 54min

81%

Avaliação dos usuários

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Ele é um homem solitário, tentando desesperadamente provar que está vivo!

Sinopse

O motorista de táxi de Nova York Travis Bickle, veterano da Guerra do Vietnã, reflete constantemente sobre a corrupção da vida ao seu redor e sente-se cada vez mais perturbado com a própria solidão e alienação. Apesar de não conseguir fazer contato emocional com ninguém e viver uma vida questionável em busca de diversão, ele se torna obcecado em ajudar uma prostituta de 12 anos que entra em seu táxi para fugir de um cafetão.

Críticas dos Especialistas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 28 de Maio de 2022

**“Are you talking to me?!”…** Este filme é um marco do cinema, e associa de modo elegante uma boa história, bons actores, um director excepcional e uma execução técnica recheada de talento e de notas artísticas bem conseguidas. Um filme perfeito? Talvez não… mas andou perto! O filme decorre em Nova Iorque durante um Verão dos anos Setenta. A cidade é distópica, feia e suja de todas as formas: o lixo omnipresente, a amoralidade que domina, as personagens do meio marginal, a deturpação da sexualidade, a normalização da prostituição e da pornografia, a violência e o crime que pontualmente nos surgem. Em meio a isto, Travis Bickle, um veterano da guerra do Vietname que vive uma existência infeliz num apartamento imundo, ganha a vida como taxista do turno da noite. Homem solitário e deprimido, ele reprime interiormente a sua angústia, amargura e os pensamentos de violência que o assaltam, até que um amor platónico por uma mulher endeusada redunda num desgosto que o leva a um desfecho dramático e brutal, onde irá decidir o destino de uma jovem prostituta menor que, por casualidade, cruza a sua vida. Eu poderia falar bastante sobre este filme, porque é um daqueles filmes que vale a pena ver com atenção para vermos todos os pequenos detalhes. As roupas sensuais das prostitutas, as vestes extravagantes dos homens, traficantes e proxenetas, o ambiente sujo e desorganizado do apartamento do protagonista, o detalhe simbólico da queima das flores ou aquela câmara que, deixando do protagonista ao telefone com o seu interesse amoroso, mostra um corredor tão vazio e desolador quanto a vida pessoal dele. Martin Scorsese dá-nos um dos seus trabalhos de maior mestria, com uma execução impecável e um magnífico senso de estética e gosto. O elenco conta com vários nomes bem conhecidos e talentosos, mas é Robert De Niro que faz o filme funcionar. Com um desempenho poderoso, carismático, brutalmente intenso e acutilante, o actor consegue um dos trabalhos mais significativos da sua carreira, um autêntico cartão de visita que lhe abrirá muitas portas e ajudará a torná-lo num dos actores consagrados e icónicos da segunda metade do século XX. Igualmente marcante, uma Jodie Foster extremamente jovem e bonita equilibra-se, harmoniosa e paradoxalmente, entre a doçura pueril da sua personagem e a dureza, desumanidade e vício do mundo onde ela habita. Harvey Keitel é excelente no papel de um proxeneta de adolescentes e Cybill Shepherd, apesar de estar numa personagem efémera e extremamente endeusada, cumpre maravilhosamente com o seu papel. Até Scorsese resolve aparecer, num cameo com um diálogo aparentemente estéril, mas que coloca as armas na mente do protagonista, como uma mensagem subliminar. Tecnicamente, o filme é extraordinário. Pessoalmente, se eu fosse um estudante de cinema, eu sinto que teria obrigação de ver este filme com olhar de estudante, observando os detalhes e as opções técnicas, artísticas e estilísticas adoptadas. Nada é impensado, desde os anúncios de néon ao deslavar das cores na cena do tiroteio, que é uma das trocas de tiros mais bombásticas e graficamente violentas feitas até então. A cinematografia é incrível, o trabalho de filmagem foi executado com perfeição, os cenários e figurinos são realmente muito bem executados. Com poucos efeitos, a qualidade destaca-se. A banda sonora é excelente, atmosférica e poderosa, e foi a última a ser composta por Bernard Herrmann, o qual faleceria ainda antes do lançamento do filme, que de resto lhe foi dedicado.

Críticas dos Usuários

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