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A Vida é Bela (1997)
Uma fábula inesquecível que prova que o amor, a família e a imaginação conquistam tudo.
Sinopse
Filipe Manuel Neto
Escrita em 21 de Fevereiro de 2018**Um dos mais belos filmes do cinema italiano recente.** Este filme é sobre os esforços de um italiano judeu, Guido, para lidar com o anti-semitismo e a perseguição dos judeus sem que o seu filho tenha consciência da realidade em que vivem. Dirigido e escrito por Roberto Benigni, que também desempenha o papel principal, conta ainda com a participação de Nicoletta Braschi e Giorgio Cantarini. Todos conhecemos a barbárie que foi o Holocausto. Este filme aborda esta questão e como os judeus italianos estavam envolvidos no processo e também sofreram. É preciso recordar que a Itália, que inicialmente entrou na guerra ao lado dos Alemães, depressa derrubou e matou Mussolini, momento a partir do qual o país passa a estar formalmente mediante ocupação de tropas alemãs, que de aliadas passam a invasoras. O roteiro é bom e aborda um tema sério de forma despretensiosa e elegante, usando uma forma de comédia inteligente e profundamente humana para tocar o público. Os personagens são comoventes, particularmente Guido e o seu filho. Benigni brilhou com uma performance ao mais alto nível. Nunca mais voltei a ver este artista chegar tão intensamente ao público. A banda sonora, assinada por Nicola Piovani, é excelente, talvez das melhores bandas sonoras da década e uma das melhores do cinema europeu. O filme recebeu três Óscars (Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Actor e Melhor Banda Sonora) e conquistou os críticos e o público, na Europa e nos Estados Unidos. É um filme emocionante, que mostra a necessidade humana de sobreviver às piores catástrofes e manter sempre acesa no coração a chama viva da esperança. Sem dúvida, um dos filmes mais bonitos e relevantes do cinema italiano.