Batman: O Retorno
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Batman: O Retorno (1992)

19/06/1992 Ação, Fantasia 2h 7min

69%

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O Morcego. A Gata. O Pinguim.

Sinopse

O monstruoso Pinguim, que vive nos arredores de Gotham, se junta ao diabólico empresário Max Shreck para vencer Batman de uma vez por todas. Porém, a secretária de Shreck, Selina Kyle, descobre os planos e se transforma na irresistível Mulher Gato que se alia na destruição de Batman.

Críticas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 18 de Fevereiro de 2018

**Batman decadente.** Este filme é a sequela do "Batman" de Tim Burton e é dirigido pelo mesmo director. Presumo que a sua existência se deve à popularidade do primeiro filme, que foi muito aclamado nos anos Noventa (o que a meu ver faz dele um dos filmes mais sobrevalorizados dessa época). E como a "receita" rendeu uns bons milhões de bilheteira é natural que Burton tenha repetido tudo outra vez aqui: o filme cai nos mesmos erros do seu antecessor, pecando pelo excessivo apego à banda desenhada que dá origem ao personagem título e por uma extraordinária ausência de realismo... o filme nem tenta parecer credível, limita-se a dar vida à banda-desenhada. O filme tem a participação de Michael Keaton, Danny DeVito e Michelle Pfeiffer, sendo que apenas DeVito teve margem para brilhar. De facto, ao incorporar o icónico vilão Pinguim, o actor foi tão bom que conseguiu neste filme um dos trabalhos mais marcantes da carreira até hoje. Vale a pena tentar engolir este filme só para vermos a interpretação deste actor. Aparte estes considerandos, tudo o que disse no texto que escrevi para "Batman" cabe perfeitamente neste: a cinematografia é tão escura que parece sempre noite na cidade, uma cidade que, graças ao cenário irrealista, parece uma versão deprimida e sanguinária de Metrópolis. O guarda-roupa, por sua vez, parece ter sido feito com as sobras de um desfile de Carnaval: o Batman exagerou em polímeros de plástico e a Mulher Gato seria perfeita numa versão "hardcore" decadente de "Cinquenta Sombras de Grey"... melhor para esse efeito só mesmo Halle Berry, quando deu vida à mesma personagem, quase quinze anos depois, mas isso são "outras contas" que para aqui não são chamadas. Mais uma vez, Burton perdeu a oportunidade de entender que o público de um filme espera mais realismo quando se trata de adaptações de banda-desenhada. Mas tudo bem... o filme vendeu, foi "dinheiro em caixa" e isso é o que mais interessa, certo?