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Kill Bill: Volume 1 (2003)
O som vibrante da vingança!
Sinopse
Filipe Manuel Neto
Escrita em 25 de Fevereiro de 2018**Um filme incompreensível, onde a técnica e o estilo se fez mais importante do que a história que ele tenta contar.** Neste filme, o primeiro de dois, a Noiva, traída e abandonada para morrer pelo seu noivo, Bill, traça a sua rota de vingança. Dirigido e escrito por Quentin Tarantino, o filme possui um elenco liderado por Uma Thurman e David Carradine nos papéis principais. Este é um filme que pode ser bom mas definitivamente não é para mim. Eu gosto de alguns filmes de Tarantino, mas definitivamente não consigo entender este. O principal problema é a narrativa não-linear. Esta opção não se encaixa no filme e torna-o mais confuso do que já seria numa narrativa convencional. É um recurso artístico, sem dúvida, e também inovador, mas deve ser usado quando não prejudica a compreensão. O público tem que entender o filme, e isso não acontece. Uma pessoa que não conheça nada deste filme e nunca tenha lido nada sobre ele, não o entende e descarta-o. O desempenho dos actores é regular, os efeitos especiais, visuais e de som são muito bons e a banda sonora, dadas as circunstâncias, é interessante, com incursões à música oriental e aos Westerns. Nota-se que Tarantino quis abordar um pouco vários estilos, talvez numa forma de homenagem. Contudo, a mistura de estilos é quase ilógica e acontece sem que o compreendamos bem. O roteiro é interessante e dá-nos uma boa história, com uma ideia original e diferente do que costumamos ver, embora tenha sido virtualmente um remake do filme nipónico "Lady Snowblood". Mas além das dificuldades criadas pela narrativa não-linear, o filme tem ainda muitas perguntas que não esclarece (ou se o faz eu não compreendi). Por exemplo, quais os motivos de Bill para trair a Noiva? Certamente ele não acordou um dia com um súbito desejo de a matar. Acho que só mesmo os apreciadores de Tarantino ou alguns "nerds" vão conseguir entender este filme. O cinema é uma arte, de facto, mas é uma arte que está subordinada a uma missão: a de contar histórias. Quando o recurso ao estilo e à técnica se sobrepõe em importância à história que é contada, o filme perde o interesse. Sinto que foi o que aconteceu neste filme que, em certa medida, parece até feito com pedaços de negativo que sobraram de outros filmes.