E.T.: O Extraterrestre
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E.T.: O Extraterrestre (1982)

11/06/1982 Aventura, Família, Fantasia, Ficção científica 1h 55min

75%

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Ele está com medo. Ele está sozinho. Ele está a três milhões de anos-luz de casa.

Sinopse

Um garoto faz amizade com um ser de outro planeta, que ficou sozinho na Terra, protegendo-o de todas as formas para evitar que ele seja capturado e transformado em cobaia. Gradativamente, surge entre os dois uma forte amizade.

Críticas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 20 de Fevereiro de 2018

**Intemporal** O que aconteceria se existissem extra-terrestres e um deles fosse encontrado por uma criança, perdido no nosso planeta e ansioso para voltar para casa? Este é o tema deste filme, que faz parte da memória colectiva da maioria das pessoas e, sem dúvida, é um dos filmes mais notáveis ​​da carreira de Steven Spielberg. Conta com a participação de Henry Thomas como Elliott e Drew Barrymore como Gertie. Pessoalmente, considero este o filme mais notável de Spielberg até agora, apesar do sucesso que conseguiu com "Tubarão" e "Encontros Imediatos de Terceiro Grau" ou filmes mais recentes. Spielberg sempre mostrou um gosto particular para a ficção científica, apresentada aqui a uma audiência mais jovem que normalmente não é o alvo de filmes com alienígenas. Apesar do tema e do suspense, podemos considerá-lo um filme familiar com momentos muito engraçados onde as crianças reinam. Drew Barrymore merece atenção especial: a adorável menina que grita alto como poucos ganhou com este filme o merecido estrelato. Henry Thomas também foi bom no seu papel, agarrando-o com vigor e compromisso. Algumas das cenas deste filme tornaram-se tão famosas que vêm naturalmente à nossa memória e são conhecidas mesmo por aqueles que nunca viram o filme. É o caso da bicicleta voadora que passa à frente da lua, uma das cenas mais belas do cinema de ficção científica, ou a famosa cena em que o dedo de E.T. se ilumina e toca na testa de Elliott. Os efeitos especiais, como de costume nos filmes deste director, são excelentes e a banda sonora é das melhores de John Williams. A voz do alienígena pertence a Pat Welsh, uma velhota que fumava dois pacotes de cigarros por dia para ter a rouquidão necessária num momento em que a tecnologia de modulação de voz não era a que temos hoje. Espero que ela não tenha acabado por sofrer seriamente da saúde mais tarde. Este filme é recomendado para todas as famílias de todas as idades. É um daqueles filme de ficção científica que decididamente agradará até os que não apreciam esse tipo de filmes. Verdadeiramente intemporal, foi feito sem a computação em massa a que estamos acostumados, o que acaba sendo uma vantagem para torná-lo mais genuíno. Emotivo e comovente, entretém qualquer público tão bem que não é surpreendente o enorme sucesso que teve nas bilheteiras. Vencedor dos Óscares de Melhor Banda Sonora, Melhores Efeitos Especiais, Melhores Efeitos Sonoros e Melhor Som (1983), também ganhou os Globos de Ouro pelo Melhor Filme Dramático e Melhor Banda Sonora.