Encontros e Desencontros
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Encontros e Desencontros (2003)

18/09/2003 Drama, Romance 1h 42min

74%

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Sinopse

Bob Harris (Bill Murray) é uma estrela de cinema, que está em Tóquio para fazer um comercial de uísque. Charlotte (Scarlett Johansson), por sua vez, está na cidade acompanhando seu marido, um fotógrafo workaholic (Giovanni Ribisi) que a deixa sozinha o tempo todo. Sofrendo com o horário, Bob e Charlotte não conseguem dormir. Eles se encontram, por acaso, no bar de um hotel de luxo, e em pouco tempo tornam-se grandes amigos. Resolvem então partir pela cidade juntos. A eles junta-se uma jovem atriz chamada Kelly (Anna Faris), com quem vão viver algumas aventuras pela cidade de Tóquio.

Críticas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 23 de Agosto de 2018

**Um filme feito para fazer pensar, pouco apropriado para entretenimento.** Existem alguns filmes que são tão intelectuais que não devem ser misturados ao cinema comercial. Este filme, com divagações constantes sobre a solidão, o significado do amor e a sensação de estar perdido (na vida, numa cidade, num casamento...) é certamente um deles, sendo inadequado para quem não tem a necessária disposição intelectual e filosófica. Tudo gira em torno de um actor e uma jovem. Ela é casada e seguiu o marido até ao Oriente numa viagem a trabalho, mas aborrece-se e sente-se só e entediada. Ele é famoso, bem sucedido e foi ao oriente para escapar ao casamento fracassado e fazer alguns compromissos de publicidade que, apesar de aborrecidos, lhe renderão bom dinheiro. Cada um está perdido nas suas próprias frustrações, mas estão no mesmo hotel de Tóquio. Não falam a língua, não entendem a cultura, cometem gafes e, depois de algumas conversas casuais, percebem que estão a sentir os mesmos anseios por "algo mais" em falta nas suas vidas. A química entre os dois é evidente, faz o público pensar que se irão envolver num romance ilícito e carregado de aventura, como acontece noutros filmes... mas não. O que há entre as personagens é uma proximidade intelectual e de ideias. Uma amizade que não envolve sensualidade ou romance. O maior problema do filme é que, fora isso, não tem mais a oferecer-nos. Outro problema é o ritmo lento, pautado por uma banda sonora lenta, ao gosto da directora, Sofia Coppola. Isso certamente afastará o público comercial, que quer entretenimento e não um filme para pensar.