O Último Imperador
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O Último Imperador (1987)

04/10/1987 Drama, História 2h 43min

76%

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Ele foi o senhor de dez mil anos, o monarca absoluto da China. Ele nasceu para governar um mundo de tradição antiga. Nada o preparou para nosso mundo de mudanças.

Sinopse

A saga de Pu Yi, o último imperador da China, que foi declarado imperador com apenas três anos e viveu enclausurado na Cidade Proibida até ser deposto pelo governo revolucionário, enfrentando então o mundo pela primeira vez quando tinha 24 anos. Neste período se tornou um playboy, mas logo teria um papel político quando se tornou um pseudo-imperador da Manchúria, quando esta foi invadida pelo Japão. Aprisionado pelos soviéticos, foi devolvido à China como prisioneiro político em 1950. É exatamente neste período que o filme começa, mas logo retorna a 1908, o ano em que se tornou imperador.

Críticas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 20 de Maio de 2018

**Um bom filme biográfico.** Este filme conta a vida do último imperador chinês, Pu Yi. Coroado em bebê, viveu uma vida de luxo ilimitado, mas acabou expulso do seu trono pela revolução de 1911, que instaurou uma frágil república. Preso no seu palácio imenso, a Cidade Proibida, o imperador-menino era como um pássaro numa gaiola de ouro, a partir do qual viu a decadência do seu país e as mudanças dramáticas que se foram implementando. Expulso pelos comunistas, anos depois, passou boa parte da sua vida a tentar recuperar o poder com o apoio dos japoneses, e o resto da sua vida preso em campos de reeducação chineses, que o tornaram num homem comum. Há, sem dúvida, uma beleza poética na transformação da personagem principal, e o filme pode fazer-nos sentir as mudanças da sua personalidade, assim como as mudanças no seu antigo império. O filme sugere várias coisas sobre ele e a família imperial que eu não sei se são verdadeiras, como a aparente tendência lésbica ou bissexual de uma das esposas do imperador e o seu uso de drogas. Bernardo Bertolucci é um director que eu normalmente não aprecio, mas reconheço neste filme muitas qualidades. Os actores fizeram uma performance muito regular e interessante. John Lone foi perfeito no papel do imperador, mas ainda mais brilhante foi Peter O'Toole, num papel que, de outro modo e com outro actor, poderia ser excessivamente reduzido. Os cenários do filme são fascinantes e adequam-se muito bem ao filme. No entanto, a comparação com "Sete Anos no Tibete", devido ao contexto, tempo e proximidade, é mais pertinente do que com qualquer outro filme.