Insônia
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Insônia (2002)

24/05/2002 Crime, Thriller 1h 58min

69%

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Sinopse

Enviado para investigar o assassinato de uma adolescente em uma cidadezinha do Alasca, um policial acidentalmente atira em seu colega enquanto tenta prender um suspeito. Em vez de admitir sua culpa, ele recebe um álibi inesperado, mas isso só o leva a sentir mais culpa pela morte de seu parceiro. Agora, além de ter de solucionar o caso da morte da adolescente, o policial se vê forçado a lidar com seus sentimentos e com chantagens que aparecem em seu caminho.

Críticas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 17 de Dezembro de 2018

**Um bom filme policial.** Eu tinha algumas expectativas quando vi este filme. É quase impossível não as criar quando temos diante de nós um filme do prestigiado director Christopher Nolan, com actores tão fortes quanto Al Pacino, Hillary Swank e Robin Williams (este último - caso raro - num papel de vilão dramático). Só mais tarde vim a descobrir que este era um remake de um outro filme, norueguês, que eu nunca vi. O roteiro baseia-se na investigação policial a um crime ocorrido no Alasca, onde o Sol tem a particularidade de, no pico do Verão, nunca desaparecer do horizonte. Will Dormer, um polícia de Los Angeles, vai até lá, mas não está acostumado com o ambiente e as "noites brancas", por isso não consegue dormir, algo que piora à medida que os remorsos pelo seu passado assombram a investigação. Nolan é um director hábil, com uma capacidade inquestionável. Mas este filme está longe de ser o seu melhor. De facto, se não soubessemos que era dele, o filme podia perfeitamente ser de qualquer outro bom director norte-americano. Mas há momentos de brilhantismo: a forma como as insónias foram retratadas, a maneira como a paisagem branca do Alasca foi usada para tornar o local opressivo, misterioso e inóspito... O argumento, por sua vez (num dos raros filmes onde Nolan evitou envolver-se na sua escrita), tem mais de uma reviravolta e consegue prender a nossa atenção. Apesar de sabermos muito cedo quem é o criminoso, o filme foca na figura do polícia, pondo em causa a sua maneira de fazer justiça e evitando fazer dele um herói, da mesma forma que evita fazer da vítima uma figura inocente... a jovem assassinada, de facto, não era uma menina de coro. Al Pacino esteve perfeitamente à altura do desafio e, juntamente com Williams, domina todo o filme. Este duo de actores marcantes é fundamental e capaz de fazer o que é preciso para tornar as suas personagens fortes e dominadoras. Logo atrás, podemos apreciar Hilary Swank, uma actriz cujos desempenhos nem sempre me agradaram noutros filmes, mas que esteve muito bem aqui.